É tudo, é nada, é
A minha religião é a Filosofia Não sei o que de mim seria Sem o lógos , a phýsis , a arché Sem a noite deixando de ser dia Com o Todo, essa ligação O devir, a transformação O ser, o não-ser O ódio, a paixão A transcendência Uma nova essência A falta de recursos para se expressar A limitação da língua ante ao pensar Do que mais preciso? Decerto nem de água ou ar É sublime o momento do belo e curto encontro da razão com a emoção da ação com o pensamento O que me causa a Filosofia? A indiferença entre sonho e realidade Não distinguir a mentira da verdade A lucidez em pleno tormento O conforto após o lamento Que bom é passar os dias sem notar que eles passam Sentir-se a síntese da multiplicidade Mesmo quando só, estar acompanhado Ou estar, dos mitos, deuses e heróis, rodeado Ser analítico, dogmático, aporético Ser a composição do mundo da contradição, o absurdo Ter juízos analíticos e sintéticos Eis