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Mostrando postagens de julho, 2019

Não basta ouvir-te a ti mesmo

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O céu é testemunha  dos passos que o homem deu na terra Como os ventos que vêm do horizonte percorreu litorais, desertos e montanhas Soprando a quente brisa Anunciando a chegada do Sol Aquele que a tudo ilumina caminhos, destinos e pensamentos Sempre em busca de algo oh pequeno humano... Sempre a tudo questionando Porém não sabe o que quer Não sabe por onde começar Mal tem uma pergunta formulada E já quer da grande voz da vida uma resposta determinada Tais respostas surgirão, sim Mas quando a vida realmente for vivida Isso pode custar tempo, ou não Basta um ouvir especial Não somente ouvir a si nem ao que lhe convém Precisa-se de uma sensibilidade Um estado de ser que vá além O homem precisa ser tudo Ser todos, sentir a diversidade Sentir a tenra idade Pressentir a novidade Ser todos os sexos Decifrar todo o complexo Possuir todos os sentidos E desfazer-se por completo Viver na Terra com a cabeça no céu Elevar-se quando preciso É estar no céu inerte Mas atento aos caminhos terr

ATO I - Larghetto

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Um velho moribundo Num quarto simples Isolado do mundo Pobre ao lamento Paredes cinzenta-amareladas: Dado a ação do tempo Mais as velas iluminadas Ao lado do inquieto homem Uma escrivaninha rústica Sobre ela, A divina comédia Um copo d’água e um terço O sofrimento, a dor Desconforto, pavor Porém lúcido, pobre velho À espera da barca Anseia sua chegada Sua partida Sua vida ir embora Mundo afora Uma viagem prometida Ao eterno, ao nada… Ao longe rasgando o ar Nuvens se abrindo O clima a esfriar Se configura um violino Inconfundíveis cordas Suavemente atiçadas por crinas Doce som, do fino aço À velha madeira ecoar Tocando em larghetto Em perfeita harmonia Com as batidas do coração do senhor acamado - já em atenção Ritmo solene Respeitando a ocasião Não um qualquer, se aproxima Alegremente se adentra Não somente no rústico quarto Mas na animosidade do idoso Executando uma reconfortante obra O diabo sorri e continua...

A música sem vida ou a vida sem música?

Sabe aquela música que você ouve desde criança? Que, já nas primeiras melodias, te remete a tão maravilhosas sensações; lembranças ou sonhos em lugares esplêndidos; pessoas maravilhosas momentos fascinantes, sabe? Pois é! Hoje esta mesma música já não faz mais sentido. Não traz mais essas memórias, ou esses acalentadores pensamentos. Note, no dia em que a música que lhe apraz não mais fizer sentido; não lhe inspirar e, pior, angústia trouxer... Saiba que é o anúncio do perigo. Talvez a chegada da hora.  Pois, tem música que serve como termômetro em nossas vidas: Medem o nosso humor, as nossas emoções e até pretensões. Percebemos que algo de bom se foi em nossa vida, quando essa música tocada não nos toca mais. Ela soa como um disparo e nos acerta como um tiro letal. Não sei o que é pior: se é perder um amigo ou o tesão pela música favorita; se é desgostar de um grande amor ou se o amor pela grande música da tua vida, vem a perecer... Tudo pode vir a acontecer,