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Mostrando postagens de março, 2018

O pobre livro do saber

Hoje a capa de um livro se apresenta mais interessante Seu verdadeiro conteúdo jaz, esquecido na estante Não há mais inspiradores versos Perderam-se seus valores Valores esses que estão inversos em páginas frias, ausentes de cores Não é saudosismo E nem um desgosto com presente Também não se anseia o iluminismo Quiçá o absolutismo novamente Expressar-se é o ponto chave Contudo isolado da razão Instintos traduzem a novidade Pai de uma melhor opinião Pensar penoso é Interpretar é desumano Quem pensa ganha a fé Quem tem fé vive reclamando A filosofia morreu! Questionamentos mais, não há Tem-se um livro aberto ao breu Sem páginas para folhear

A reviravolta do agora

O tempo urge... Quereis ainda ser os conformados? Os indivíduos controlados? É tempo de revolta! De se virar a mesa Da ida sem volta Transmutar valores Tornar o padrão em caos É hora de pecar, senhoras e senhores! Não deveis agradar a ninguém Quiçá prestar contas, penhores Nem na hora da vossa morte, amém Se lhes devem? Não os pagueis Se lhes tomarem? Os roubareis Não deem ouvidos aos seus ideais Vos acusam de viverem às escuras Mas não sabem, pobres mortais Vivem cegos sob a luz da usura À tinta no papel, monogamia Na distração da lei, é orgia Viveis! Do jeito que quereis vós Não rendeis homenagens aos céus Não te apegais a uma santa muleta Desfaçais dos apertados nós! A vida é aqui, agora A Terra é onde pisais Deixais Deus de fora Pois serdes ainda animais Deus é infinito Imortal Sem fim, nem início Atemporal O que conheceis além de vosso tempo? O que sabeis da eternidade? Nada disso vos cabe Estais com

Um, descomplicado, mundo

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GONZALES, Rolan. Mundo Surreal 2008. Vamos criar um mundo? Ou melhor, um planeta? O que podemos instituir em um segundo? Quantas cores usaremos na paleta? O ar, o fogo, o mar Terra, água… Não importa a ordem O que primeiro criar? Não importa o sentido Basta apenas sonhar Como a primeira vez de um arco-íris da inédita palavra dita do inesquecível primeiro beijo... Deixe este mundo eclodir Deixe o que há de mais belo brilhar Sinta o doce aroma no ar Seguremos as mãos da natureza Assim eliminando toda a tristeza Explícito é o anseio do novo mundo brotar Ouça o silêncio; sinta a fragrância Aprecie as cores, o verde em abundância O cinza, o preto, o branco também. À ausência de som, adicionaremos tons Maiores, menores; sustenidos, bemóis Intervalos consonantes, dissonantes Alguns lentos como raios, outros rápidos como caracóis A gravidade não será necessária Nosso planeta será somente um adereço Iremos voar junto ao mar Caminhando, às nuvens tocar Moldá-las, desenhá-las como quiser