Alguém se importa
Vidas importam negras, muito mais O que eles suportam? O que há no lugar da paz? Quem se importa? Quem vai abrir sua porta àquele negro que implora Vendo tanta gente morta Os seus, os nossos negros, jovens, pobres Pobres jovens bondosos do olhar triste, da mente nobre mas quem se importa? E veja como ela se comporta? Sob os privilégios da pensão Por sobre o direito das cotas O Rio de Janeiro de Bantus e Nagôs de Janeiro a Janeiro de Yemanjá, Odė e Xangô ...Ogum, Oxum, Oxalá, Erês, Exu, Oyá, Salve a negritude, Salve todos os orixás Vidas, almas, culturas Negras e edificadas Belas esculturas Livres, escravizadas Instituíram o Brasil Deram sangue e cor Em condição servil plantaram as sementes do amor Mas quem se importa? (Com essa bela horta) Quem liga pra isso? Para essa “linhagem torta” Ancestrais, da fidalguia Outrora, belos e abastados Filhos da monarquia Hoje ainda são açoitados no supermercad