A música sem vida ou a vida sem música?
Sabe aquela música que você ouve desde criança?
Que, já nas primeiras melodias, te remete a tão maravilhosas sensações; lembranças ou sonhos em lugares esplêndidos; pessoas maravilhosas momentos fascinantes, sabe?
Pois é! Hoje esta mesma música já não faz mais sentido. Não traz mais essas memórias, ou esses acalentadores pensamentos.
Note, no dia em que a música que lhe apraz não mais fizer sentido;
não lhe inspirar e, pior, angústia trouxer...
não lhe inspirar e, pior, angústia trouxer...
Saiba que é o anúncio do perigo.
Talvez a chegada da hora.
Pois, tem música que serve como termômetro em nossas vidas:
Medem o nosso humor, as nossas emoções e até pretensões.
Percebemos que algo de bom se foi em nossa vida, quando essa música tocada não nos toca mais.
Ela soa como um disparo e nos acerta como um tiro letal.
Não sei o que é pior: se é perder um amigo ou o tesão pela música favorita; se é desgostar de um grande amor ou se o amor pela grande música da tua vida, vem a perecer...
Tudo pode vir a acontecer, tudo se é contornável.
Contudo, não o dissabor pela música tema da vida; a melodia principal, a trilha sonora que vibra no íntimo da alma.
Antes surdo do que em perfeita audição; antes moribundo a ter que, a música da tua vida ouvir e, por ela, nada sentir.
E o medo de ouvi-la novamente e estar ciente de que nada de bom se lembrará e que nada de prazeroso sentirá.
Somente dor e desespero
Somente dor e desespero
Isso é triste e devastador...
Portanto evitá-la é o melhor dos prazeres.
Um prazer horrível, eu sei, porque a consciência de que o pior está por vir é iminente.
Quando a música não faz mais sentido, é porque a vida já não tem mais valor.
Pobre daquele, que não tem olhos para admirar, boca para cantar e ouvidos para sonhar.
O que só se ouve, no entanto, são explosões.
Todas geradas por um interno conflito.
Uma guerra travada por dois exércitos,
sob o comando de um só general.
Em ritmo marcado, em meio aos gritos desesperados, eis o fim da batalha.
Bem como também o da bela música.
Então, nada mais resta:
é a hora do eterno silêncio chegar e desta vida partir.
Foi assim com a música DOCE MEL, da Xuxa. Hoje não faz mais sentido, mas quando eu ouvia diariamente ela ir embora, com aquela música, eu chorava muito. Acho que está na hora de eu partir também. Beijos
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