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Mostrando postagens de abril, 2018

Sem nome

Infância; uma época; alegria. Amadurecimento; outra época; melancolia. A tristeza atual se deve a um passado magistral. Visto que, quando criança, a tudo se detém; dona do mundo, do céu, do Sol e das estrelas. Porém não se discerne o que é perder; não se sabe, que as coisas perecem; nem possui o tato para as diversas mudanças. Mas chega uma hora... E a sensação é sempre de que algo fora arrancado. Fica aquela saudade; é sempre doloroso largar a inocência. Infância; uma época; melancolia. Amadurecimento; outra época; alegria? Pode-se existir júbilo se há um passado mau? Visto que, quando criança, nada se tem; dona do mundo, do céu, do Sol e das estrelas? De fato, sabe-se somente o que é perder; não só, também, que todos perecem; nem possui o tato para as diversas mudanças (óbvio). Mas chega uma hora... A sensação é sempre de nenhuma bem-aventurança. Surge, então, um leve desapego (eis a questão): É sempre doloroso largar a infância?

Nietzsche, um soneto diante de tudo

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Não preciso abrir os olhos para ver Nem para chegar tão cedo, correr A bruta consciência não sou eu O leve pensamento não é meu O que é que na verdade eu sou? O suave som que desliza pelo ar? O revolto rio que encontra o mar? No tempo, a potência no apogeu Nenhum céu ditoso sobre mim paira Ou sob uma terra infausta piso Que a Terra suba ou que o céu caia O que é o bem, o que é o mal? Quem está acima de um ou de outro? Ninguém é mais digno por sua moral

Sempre a essa hora

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Sei que é noite porque está escuro Sei que está silêncio porque não há barulho O céu chora gotas de diamantes O tempo suspira como dois amantes Tudo se encontra estático Parece o mundo estar inativo Desde a uma criança sem brinquedo num pátio A um apaixonado coração partido “Eppur si muove”, sabemos Galileu Porém, agora, nem se move uma folha Será que o tempo morreu? Ou nos encontramos dentro de uma bolha? Essa quietude não amedronta Nem a nada, também, ela anima Não a considero como uma afronta Tendo como prova esta rima

Porre nº 4

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(É o porre nº 4 mesmo? Acho que sim… Estou um tanto bêbado, mas dá pra levar). Hoje o porre vai ser um porre! Por quê? Está frio, chove, e é domingo! Não pela chuva ou o frio, mas é que odeio o domingo. E esse porre, na verdade, é mais em homenagem aos camaradas russos, que derrubaram 71 dos 103 mísseis de cruzeiro lançados pelos EUA e seus aliados (Reino Unido e França), contra a Síria, na sexta-feira à noite. E que não haja mais um tiro. Nem na Síria, nem aqui no Brasil, nem em lugar algum. Igualmente em guerra, nós, a Síria, EUA, Reino Unido, Rússia e etc, morre-se centenas de inocentes. Este circo todo armado ai pela superpotência é uma tragédia fantástica. Lamentável! O foda é que tem-se ciência de que a investida da galera do ocidente é puro e somente interesse próprio. Ou seja, lucro e demonstração idiota de poder. Escravizar mais um estado-nação, mais um território, mão de obra barata e etc. Além, também, da necessidade de embebedar seus brinquedinhos de quatro rodas e

Porre nº 3

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Hoje foi tão bizarro que eu me flagrei extremamente compenetrado, imaginando-me, sentado na Lua, assistindo a Rússia metendo míssil nos norte americanos. Em resposta aos camaradas russos, a mãe das guerras, lançou também toda a sua ofensiva destrutiva pelos ares. O louco foi ver o líder russo, gargalhando, ao perceber que os mísseis americanos, de tão potentes, deram duas voltas no globo terrestre, perdendo seu rumo e caindo: um na Coreia do Norte, o segundo em Israel e o terceiro acertou ao próprio Estados Unidos. O planeta Terra, visto da Lua, ficou irreconhecível em meio às diversas luzes que se destacavam, explosões em toda parte, mísseis desenhando os céus, e o nobre presidente russo sentado, no Kremlin, jogando “Angry Bird” com seu "tablet", de fabricação nacional. A Terra, de azul ficou cinza. Bizarro! No lugar do verde, foi acrescido o vermelho. Mas não, não é uma alusão! Mesmo porque a Rússia nunca foi comunista e nem sequer está perto de ser. E não, também! A

Porre nº 2

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Este porre vai ser um paradoxo em relação ao primeiro. Um porrezinho suave, nada além da conta. Enquanto assisto aqui o velho sabiá indo pra gaiola; coleiros cantando a razão; bem-te-vi jogando alpiste fora; e o patinho nadando no lixão. Se liga só! O espaço qual vivemos está se alterando. O pássaro está indo para a gaiola, as cobras estão soltas. Alguns répteis, e outros insetos, apresentam-se contra toda fauna. Algo perdeu a sua essência. Existe um movimento muito forte, uma onda. Há uma guerra, seja visível, palpável ou não, ela está presente também no âmbito metafísico, na essência de cada cidadão e que essa força a tudo sintetiza. Tudo se move e se constrói. Se molda, se refaz. Tudo acontece como em um embate. Explico: Nada existiria sem uma oposição, sem as contradições. Mas a medida que o tempo passa, esse choque, essa reação, se torna mais violenta. Quer dizer, os opostos, ou estão muito distantes um do outro vindo a se encontrar numa velocidade muito grande, ou estão r

Porre nº 1

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Tratarei de escrever em porres, alguns temas que simplesmente vagueiam por minha cabeça. A cada porre, um bilhão de pensamentos. E como eu estou racionando tudo, não quero desperdiçar meus devaneios. Vou tentar moderar. Não quero vomitar tudo de uma vez, pois um porre não é lá algo muito prazeroso para ficar se esbanjando assim. Dando início então, a um assunto qualquer, gostaria de falar sobre trabalho. E lembro uma vez, que, não sei quem foi que disse que trabalhar muito, arduamente, é digno e salutar. Algumas cabeças ilustríssimas entendem “relações de trabalho” como se fossem Matemática ou Física. Por exemplo: Se eu trabalhar carregando peso, ou fazendo esforço extra-humano, é mais honroso à trabalhar sentado/ parado. Parece que a dignidade vem na proporção do esforço feito no trabalho com pernas e braços. E o resultado: o salário no fim do mês, grana $². Mais força (Newton), mais sacrifício, maior salário $. Seria justo pensar assim? Karl Marx seria um bom nome para ess