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Mostrando postagens de julho, 2018

Expectativa de vida (no mercado de trabalho): Mais vida, mais lucro.

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Dados do IBGE apontam que o número de idosos superará o de crianças em 21 anos. E a expectativa de vida aumenta gradativamente. Atualmente ela está em torno dos 75 anos de idade. Em 2060 estima-se em torno dos 80 anos. (Creio que isso parte, em parte, da taxa de mortalidade infantil, que, em 2010 estava próximo aos 18% e foi reduzida 12%, em 2018). Mas como a pauta não é sobre infância, ou mortalidade, e sim o contrário, em princípio, isso desperta atenção para debater diversos assuntos. E o principal é a aposentadoria, afinal, falou em idosos, pensou aposentadoria. Ou não? Porém, diferentemente deste assunto, o canal GloboNews, em programas como Estúdio i, essa discussão desencadeou opiniões dos  jornalistas/ comentaristas e a maioria refletiu que os 65 anos de idade já tem de ser revisto, porque isso “não é mais ser idoso”. Uma vez que os números do IBGE indicam uma crescente na expectativa de vida. Provavelmente o analista do programa deve ser matemático ou economista finan

Do que eu estou falando?

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Ela ainda permanece uma obra prima Complexa, contudo muito poderosa De nós ela fica bem acima Não se compara a nenhuma joia preciosa Tanto potencial Mãe de toda criação Muitos a julgam mal Por causa de uma leve depressão Não devemos nunca condená-la Muito menos torná-la nossa inimiga Com amor devemos serenamente observá-la Com o maior respeito de nossa vida O maior desejo, o ímpeto, afeição Ou tudo deveria se dar somente à razão? Sentimentos aprisionados Não podemos controlá-la com facilidade Ora como um trem desgovernado Ora a ela se ajoelham todas as faculdades Apenas deixemos ser, estar… Com ou sem razão Com ou sem emoção Sentimento, movimento Inerte, vazio... Como poderemos saber quem é? Seria o grande mistério do Universo? Com ela pode-se ter fé Ou simplesmente ser o reverso Iluminada como uma vela: As vezes fraca, imóvel, quase que apagando As vezes, agitada, maravilhosamente, imensamente, ela Uma forte chama a tudo iluminando Não podemos vê-la, nem tocar Ape

A viagem

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No espaço sideral flutuando O corpo inerte, solto, lentamente girando Não está de lado, nem de ponta cabeça Não existe posição, no espaço vagando Um misto de frio e calor De luz e escuridão O tempo passa como um vapor Bilhões de estrelas, corpos celestes, mas solidão O silêncio é violento Não há peso, não há matéria alguma Exceto a consciência, como saco de cimento Produz ideias sem sorte nenhuma Houve-se somente as batidas do coração Harmonizada com uma forte respiração O vácuo impera solenemente Vosso corpo obedece ao pai da criação Num piscar de olhos tudo muda Avanças de um planeta a outro Para se mover não precisas de ajuda Pois a sensação é a de estar morto Contudo a vista do espaço é linda A sublime visão do paraíso Todas estrelas lhes dão boas-vindas Fazem qualquer um abrir um belo sorriso Toda infinitude, a escuridão e a solidão A falta de odores, sabores e audição Nada se aproxima do espetáculo que é “lá em cima” O complexo de brilhos e cores despertam a paix

De mãos dadas

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Isso foi um sonho! Eu estava em uma festa com pessoas bem familiares ao meu cotidiano, umas bem conhecidas e outras não. Mas todos da mesma classe social. Era um salão de festas em um playground , em algum condomínio. Dado momento me encaminhei para o banheiro e encontrei uma porta bem rústica, pesada, de ferro maciço, que estava entreaberta, num corredor ao caminho. Eu olhei para atrás da porta e a empurrei um pouco, com dificuldade, e me deparei com uma linda parede revestida de um fino tecido até a metade e na outra metade, uma sólida madeira, detalhada, em formas geométricas. Algo muito rico para estar escondido atrás de uma dura chapa de metal que abre e fecha, em um simples playground . Essa ante-sala tinha luz baixa. Percebia-se, porque no teto pendurava-se um lindo lustre de cristal, com dezenas de velas recém acesas, todas ainda inteiras e longas. Uma tonalidade dourada, um tom sépia recaia em todo ambiente. O conjunto de cores que se formou ali, contrastava absurdamen

Eu torno a vida muito complicada...

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Na psicanálise, em consulta, recebi um choque de realidade. Esse confronto, que tive de mim mesmo, do meu “eu” para comigo, foi tão grande, que, ao descobrir que EU era o “problema” (e ainda o sou) fiquei mais deprimido que no primeiro dia. Ou seja, fui me tratar e fiquei mais doente. O que pensar de um remédio que, ao invés de curar, adoece? Contudo, a vida segue. Mas a consulta, deixou-me um legado: a ciência do pessimismo. É uma dialética entre favorável x desfavorável. As vezes é bom ser otimista. Sim, só às vezes. Porque, quando o pessimismo está com a razão, e o otimismo cai… É uma queda violenta e dolorosa! Dói mais que a “pancada” advinda da frustração, quando se descobre que se é pessimista. Prefiro ser feliz e pessimista a ser um otimista iludido, cheio de dores. Quase nunca o otimismo é o guião da minha vida. Basta seguí-lo para me frustrar. Por isso, para qualquer situação, “entro logo com pé atrás”. Desconfiado. Visto que, otimismo demais, o mundo conspira contra.

Completamente vazio

Eu odeio ter de odiar Mas amo ter de amar Odiar não me faz amar Amar para não odiar O vazio me preenche O completo me enche Para adquirir a plenitude Desocupo por completo a mente Ser eterno, imortal, é o anseio Melhor amar a odiar Fugir desse grumado devaneio A solidão inimiga da esperança O ócio, de toda a razão Liquefazem-se com intensa paixão

Se as vacas tivessem religião, Deus iria ter cara de vaca?

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Eu não sei por qual motivo adotei o título para o texto que segue abaixo, mas... O que importa? Eu poderia tentar explicar por outro viés, religioso, de fato, mas não estou afim, - e não estou atacando a nenhuma religião, diga-se de passagem (risos). É que hoje eu quero vomitar; quero rasgar um bloco de mil folhas com uma caneta feita de pena; estourar atmosfera terrestre apenas com uma única expiração, ou com um simples sopro. Explodir um vácuo! Tudo por causa de algumas reflexões. Hoje pensei mais do que respirei; pensei mais do que pisquei os cílios; pensei mais que o ato de pensar. Devido a essa energia toda, essa meditação impregnante na alma, cheguei a uma aporia. Eis: Seria a culpa da vaca, por dar, ela, a Deus, uma cara de vaca, ou seja, dela mesma? (Ah, a vaquinha se chama Belinha). --- Contudo, mudando de assunto... Vejam, que injusto e cruel para com os humanos as coisas são. O mundo, o universo que nós enxergamos, não foi feito para nós, exclusivamente. (Olha!

Nós, os vermes

“O verme pisado se contorce. Eis aí algo inteligente. Assim é que ele diminui a possibilidade de ser pisado novamente. Na linguagem da moral: humildade.” (NIETZSCHE, Friedrich. O crepúsculo dos deuses . Editora Vozes de Bolso. 2016. p. 13). Perfeita comparação ao ser humano e suas atitudes, seus feitos, quando não condizente com alguma moral, ou, até mesmo o respeito ao próximo, ou mais além, alguma conduta ética. Por falar em ética e moral, o ser humano não é livre – o animal, não é um ser livre. Todos os seres estão fadados a algum tipo de “coerção natural” à algum fim. Por exemplo: vermes, seres orgânicos, tendem a se reproduzir e só. Buscar abrigo para tal, somente isso. Se instalar e reproduzir; as aves, possuem asas – o sonho de qualquer humano – mas isso não lhes dão liberdade alguma. Estas estão fadadas às condições climáticas, a distâncias, áreas urbanas ou a regiões florestais, etc… E mesmo com o céu aberto às suas frontes, ainda assim, as aves vivem para se reproduzirem,

Ou como se filosofa com uma agulha

Eu queria falar com os animais, porque, falar com os homens está impossível. Ora ninguém me compreende, ora não compreendo ninguém; ninguém se entende. Está difícil! Eu queria viver sozinho numa caverna. Caverna produz eco. Só assim eu teria um bom diálogo. Com isso eu ia compreender e ser compreendido. Vivem-se agarrados ao passado, porém anseiam o futuro. Logo o presente é um momento esquartejado. De onde se tira tanto ânimo para vida? Duvido que não seja um antídoto contra o medo da morte. Na verdade nós temos medo é da vida. A morte é apenas uma ilusão, uma história que inventaram para frearem nossos impulsos e nos domarem com suas rédeas torturantes. -De onde vem tanta dor? -Vem do medo de se perder um mísero de segundo de felicidade. Felicidade essa, advinda da ausência da dor. -Amor existe? -Mas o que é amor? Defina-o e saberás. -O que é cólera?  -Definindo o amor, entenderás a cólera. Não há nada mais irritante e desestimulante, do que uma imposição (óbvio)