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Mostrando postagens de março, 2019

Soneto onde o tempo parou na curva

Aos meus olhos ela se põe Como uma santa ao devoto Delicadeza que nela eu noto Além do mais que ela expõe Deveras pura é sua tez Me atenho à forma sinuosa Bela, porém, curva perigosa Acidento-me em minha timidez Gosto quando encara sem pudor Não és lá uma santa eu sei Contudo tem tamanho valor Em seu ardente olhar esbarrei Tudo em meu corpo é só calor Confesso, querida: logo me apaixonei

Sempre o mal vence?

O mal dos séculos O grande mal A hipocrisia de perto É a verdadeira moral Os limites da razão demasiados, declinados Do caos tira-se um padrão Julgam-se educados Coitados! Ajuizados! Idiotas! Hipócritas! Inventaram o céu Mas antes o inferno Na verdade são réus Os bandidos de terno O argueiro em seus olhos, de nada impede A trave no do irmão, sua vida se mede O que há de pior ante a falsidade? Com isso, o que pode ser verdade? Moralismo, Julgamento, Hipocrisia, Preconceito, Ódio... Haverá, um dia, jeito? Conto os ponteiros no relógio A eternidade que levará Até o dia em que reinará a paz, a tão utópica paz Que há muito jaz Seja no sepulcro ou em nossos corações