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Levado para bem longe

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Caminhando pela grama empoçada após a chuva Ao longe se ouve trovoadas É fim de tarde e o céu está quase escuro No horizonte o sol se põe lentamente Ele pinta uma faixa do céu na cor rosa-alaranjado É uma linda imagem Até a cor azul bem escura, vem o céu degradando Os raios iluminam um destino a trilhar São só calmarias, não tocam o solo Não estouram, não fazem assustar A estrada não tem fim A tempestade se movimenta Dos passos certos e rumo definido O sonho acabou de nascer Novos ares exalando jasmim Um belo jardim que há de florescer se afasta, ao longe se vai Não olha para trás, não se lamenta Somente o que fica é o coração latente De um ser simples, daquele que chora Que se emociona e vive esmeradamente Prefere contemplar à natureza a viver da riqueza Não julga, não dá motivos É o mais completo indivíduo Não sente dor ou incerteza A estrada se estende A noite cai A pessoa andarilha vai… A pé, seguindo a tempestade de out

Resenha: O Idiota

O ocidente e o oriente se mantém tão distante, que, parece que esse “outro lado” é um outro mundo. Não só a distância quilométrica os separam, mas também a filosofia, religião, a cultura em si, e etc. A Rússia é um país que atinge esses “dois polos”: Ásia e a Europa. O ocidente e o oriente mesclados. Sua cidade mais populosa é Moscou. No mais, ao extremo oriente, a cultura já muda bastante, – a sibéria, a fronteira com Cazaquistão, a Mongólia e a China, são exemplos. Para os ocidentais, lá, tudo parece remoto, inóspito, frio, cinza, monótono. Mas não… Pelo menos, os autores russos, deixam qualquer leitor com as mãos suando e o coração quente. E um deles é, um dos mais importantes, senão o maior escritor e romancista de todos os tempos, Fiódor Dostoiévski (1821 – 1881). Racionalismo, niilismo, miséria, violência, transtornos mentais, humilhação, sadismo, livre arbítrio e suicídio, são temas quais os personagens deste autor enfrentam em seus livros. Existencialismo e, sempre tr

A orquestra do Maestro Silêncio

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Um casebre em um paraíso. Mais ninguém. Nenhum bípede. Exceto eu e uma abelha. Ah, havia o Sol. Era o que mais se contava de "tecnológico", irradiando intensamente sua luz, e junto com um gerador de energia elétrica, para as frias noites. Um lugar isolado. Não só verde e azul, havia também o branco diante dos meus olhos. E tudo muito gelado. Mata, árvores, um céu infinito e um lago... Neve ao longe no topo das montanhas, que enormes, imponentes, se erguiam a frente. Algumas nuvens cobriam suas pontas, mas tão gigantescas, tão volumosas, que deveria se inventar um novo nome para aquele tipo de branco, tão puro, uma nova cor.  A Patagônia chilena é realmente incrível, é mágica, surreal! Tudo lá é de tal maneira, porque não há as mãos dos homens, não há nem sequer algo que o ser humano tenha pensado ali e criado. Mesmo que existisse tal quimera, não há nada no lindo lugar com a força ou o pensamento humano. Nada que o homem tenha feito naquela paisagem, naquela naturez

Um dia, um fantasma

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(Ilustração do filme "Os Caça-Fantasmas III" para servir de contrapeso) Um dia qualquer eu peguei no sono Sono profundo De repente me abre uma imagem:  Eu me olhando, me encarando no espelho do banheiro Seria um sonho?  Que medonho!  Seria sim um pesadelo… Fiquei poucos segundo me olhando  Então uma transformação foi começando Tão depressa que de pronto me assustou Eu passei de um belo rosto jovem a um rosto velho Assustador demais! Cadavérico...  Rugas, tão profundas, iam talhando-me  Meu rosto, nova expressão foi tomando Em apavoro, eu fugi da frente do espelho E me afastando, a partir dali, começou algo a fazer sentido Eu não pisava o chão, não caminhava,  Ou, pelo desespero no momento, eu deveria estar correndo, mas não…  Levemente eu me deslocava Tão sutil que como se eu não me saísse do lugar Mas a tudo eu podia alcançar Olhei onde deveriam estar minhas mãos  Não conseguia vê-las  Meus pés… Nada, somente o chão  Só via o que de material e

Da morte...

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"O conhecimento, ao contrário, bem longe de ser a causa do apego à vida, atua em sentido oposto; ele revela o pouco valor da vida, e combate, desse modo, o medo da morte. Quando prevalece o conhecimento o homem avança ao encontro da morte com o coração firme e tranquilo, e daí honramos sua conduta como grandiosa e nobre" (SCHOPENHAUER, Arthur. Da morte. Martin Claret. 2001. p. 26) A vida é complexa, irracional, não se estuda a vida, o nascimento, não se pensa sobre isso; do contrário a morte é a musa inspiradora da filosofia e de todas ciências. O fenômeno da morte é o que move. Há quem tente eternizar a vida, evitando a morte; artistas se expressam, muitas vezes, com intuito de se perpetuar de alguma forma, como um símbolo ante ao perecimento.  A Vida é amarga, cheia de altos e baixos, indefinível, pois uma vez vivos, não sabemos o que virá pela frente, infortúnios, doenças, e por fim, o medo máximo, a morte.  Mas aquele que a teme, é um fraco. Um indivíd

Espere!

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http://img14.deviantart.net/a3b2/i/2010/308/b/e/killing_time_by_quartertofour-d326g4f.jpg O cidadão do século XXI se tornou um super-herói. Não um super-homem, aqueles com poderes como força, raios ou supernova, nem um X-Men mutante, (nem muito menos o ubermensch, o super-homem de Friedrich Nietzsche), mas o homem com o poder da velocidade. O “Flash”. Tudo se é feito “para ontem”. Não se pode tardar. É uma corrida contra o tempo. Um tempo surreal, diga-se de passagem, tornando o indivíduo em máquina. Parece que a mente humana tem de acompanhar a tecnologia. Vide os anúncios: processadores, memórias, internet, microondas, impressoras, tudo, a cada dia mais rápido. Claro, ótimo! Se a máquina funciona desta forma, maravilha! A máquina… Só ela, ok? A cultura da indústria e da mídia, associa, de alguma forma, o cérebro humano ao avanço tecnológico. Claro, médicos devem saber operar, utilizar instrumentos, assim como engenheiros também, conforme surge uma nova tecnologia, ou algum

Seria um sonho a felicidade?

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(Não sei se defino como pesadelo ou um sonho) Eu estava escrevendo meus humildes textos, - essas rimas que alguns a definem como poesia - e quando terminei, um senhor, com vestes estranhas, barbas longas, chegou ao meu lado e pediu para lê-lo: - O que tu escrevestes aqui? Mas que horror! - Considere... Não sou profissional... Nunca nem estudei para tal. - Esta segunda estrofe aqui, não condiz com o "ser" e o "um"... - dizia o senhor.  Ele falou, falou, falou e eu não entendi duas palavras ligadas uma à outra. O cara parecia falar grego. (Ah e por falar em grego, o homem se apresentou, após as críticas. Era ninguém menos que Aristóteles. Mas como era um sonho, ele se expressava em português mesmo). E continuou... Ele simplesmente escreveu um livro, a partir de teses e antíteses baseadas na minha pobre poesia... Seu livro se chama "Metafísica". Só o título já é de difícil compreensão. Enquanto debatíamos, eu me defendia, óbvio. Eu me expres