Levado para bem longe
Caminhando pela grama empoçada após a chuva
Ao longe se ouve trovoadas
É fim de tarde e o céu está quase escuro
No horizonte o sol se põe lentamente
Ele pinta uma faixa do céu na cor rosa-alaranjado
É uma linda imagem
Até a cor azul bem escura, vem o céu degradando
Os raios iluminam um destino a trilhar
São só calmarias, não tocam o solo
Não estouram, não fazem assustar
A estrada não tem fim
A tempestade se movimenta
Dos passos certos e rumo definido
O sonho acabou de nascer
Novos ares exalando jasmim
Um belo jardim que há de florescer
se afasta, ao longe se vai
Não olha para trás, não se lamenta
Somente o que fica é o coração latente
De um ser simples, daquele que chora
Que se emociona e vive esmeradamente
Prefere contemplar à natureza a viver da riqueza
Não julga, não dá motivos
É o mais completo indivíduo
Não sente dor ou incerteza
A estrada se estende
A noite cai
A pessoa andarilha vai…
A pé, seguindo a tempestade de outrora
Sem medo de errar
Apenas para ao fenômeno novamente apreciar
Suas cores tocar
Sua luz sentir
Seus trovões escutar
Novamente, à grama molhada pisar
Eis um novo viajante
Os clarões e as calmarias servindo de guia
Para mais uma viagem fascinante
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