Sem título
Oh! Nobre senhor. Sempre bem trajado. Grande Rei Xangô, Seguro em seu machado! Não há justiça, nem igualdade. Apenas cobiça, E muita falsidade. Oh! Grande general. Forte, infalível. Guerreiro imortal, Ogum, invencível. Nunca houve paz. Guerra dos mundanos. Convivência mordaz, por milhares de anos. Oh! Grande mãe. Rainha do mar. Doce e gentil, Odoyá, Yemanjá! Todos se odiando: seja amigo ou irmão. Escravizando, matando: sem amor, sem paixão. Oh, que beleza rara! Meiga, delicada… Vem das águas claras, Oxum, a mãe dourada. O ódio vence a sutileza; o espinho à flor; as águas sem clareza, lamas e muita dor. Não lhes julgo. Não é isso… Nem os culpo, por causa disso. Nós quem falhamos, como humanos. Difícil assumir, que nós erramos. O que faremos para mudar? O que esperar do futuro? Rezar para tudo terminar? Recomeçar um novo mundo? Um mundo sem nós, claro! Não podemos estar presentes. Que nada venha do barro, ou da cos