Homem ou lobo?
Jesus foi tido como a um faccioso.
Condenado, açoitado, crucificado.
Pela leis dos homens, criminoso.
Já Barrabás, um salteador, liberado.
Pilatos, às mãos lavou.
Ao povo ainda questionou:
MAS QUE MAL FEZ ELE?
“Seja crucificado!” O povo mandou.
Barrabás sorriu
e andando saiu.
Mas Jesus não.
Diante do Estado, caiu.
Sim, o povo o derrubou.
Sacerdotes, comerciantes,
Herodes, todo mundo ajudou.
Até o romano governante.
O povo enganado pela elite,
submissos, sem autoridade,
ultrapassaram todos os limites.
Talvez por diversão, ou maldade.
Como gado, repetem a tudo.
Recitam falácias e ódio à toa.
Pregam um inocente, contudo
libertam uma má pessoa.
E hoje, o que pensar disso tudo?
Quando isso terá um fim?
Decerto nunca neste mundo,
pois, sempre agimos assim.
Já dizia o dramaturgo Platus
(Parece que foi ontem):
“Homo homini lupus”,
ou seja, o homem é o lobo do homem.
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