Então, dane-se!


A vida.
A morte.
A partida.
O norte.

O leste.
O oeste.
Talvez o sul.
Ou o nordeste.

O que pode ser?
E o que não pode?
Apenas prazer.
Algo que incomode.

Não é frio.
Nem quente.
Não é trio,
ou um somente.

Muito menos dois,
ou mais...
Nem depois,
Nem atrás.

Não acende,
nem apaga.
Não se sopra,
nem se traga.

Não dói,
nem corrói.
Não é amor,
e nem destrói.

É falso,
ou verdadeiro?
É fausto,
ou grosseiro?

É escuro,
ou claro?
É futuro?
Ou passado?

O que pode ser?
E o que não pode?
Algo que não se vê
Nada que se esconde.

É o Sol,
é a Lua.
É o farol,
é a grua.

Ou o ar,
e o pensamento.
Ou o mar,
e o sentimento.

O Sim,
e o não.
Enfim...
Em vão.

É mortal,
é vivaz.
Não letal,
mordaz.

Não é de chumbo,
Nem é leve.
Não é profundo,
nem se mede.

O que seria, então?
Ilusão, suposição?
Pode ser tantas coisas...
Sábias ou não.

Não é vida.
Não é morte.
Nem Margarida,
ou má sorte.

Não é gelo,
Nem é brasa.
Nem selo,
nem carta.

Não é mudo,
mas fala.
Pode ser tudo,
Contudo não é nada.

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