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Algumas considerações

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Não temos identidade Colonizados, nós somos O estado não é laico Incomoda, o diferente, a nudez, o profano... Tudo é dominado pelo arcaico Querem vestir o nu Querem "clarear" a sociedade Os índios, querem catequizar Querem acabar com a diversidade Os pagãos, querem matar O sagrado não é um corpo, mesmo que nu O sagrado são: roupas, vestimentas, indumentárias, a batina, o terno, o ouro, a joia, a coroa O sagrado é o certo, o profano o errado Certo é você se curvar, obedecer Errado é você escolher um lado Um belo mundo onde não se pode viver

Corrupção Virtual

Era um grupo de pessoas. Na sua maioria adultos. Pessoas formadas, trabalhadoras, bem orientadas e gozando de boa saúde. Todos com suas belas famílias, muitos país e mães de filhos, outros somente filhos e, todos já com responsabilidades perante aos que lhes são próximos e à sociedade. Mas dentro desta sociedade, estas pessoas criaram um grupo. Com a ajuda da tecnologia, da internet e uma ferramenta de comunicação, eles criaram um grupo onde pudessem conversar, ou seja, o lazer e a descontração na palma de suas mãos. Hoje, todos os que possuem um aparelho celular, com internet e um aplicativo para comunicação instalado, estão em algum desses grupos. Com certeza! Para diversas finalidades é até aceitável, e realmente, adianta a vida de qualquer um que precisa se comunicar. Foi um grupo de estudos. Criado para que todas estas pessoas citadas acima pudessem se expressar, comunicar eventos, palestras, debates e coisas do tipo. Claro, rolava umas piadas, até umas paqueras, papo desco

De fato a ventura não mora em mim

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Eu sou um poço de amargura Um ser beirando a insanidade, algo sem cura Dizem: “coisas simples, diversão sublime; a felicidade mora nas pequenas coisas” Então, sendo assim, eu sou muito grande Um cego à graça da vida Nem se dono de toda riqueza eu fosse Há escassez de gana Nulo desejo para sorrir à vida É tudo ilusório, falso Tal qual no deserto caminhar Com tudo o que ele representa Mas delirar, banhando-se num lago à sombra, no conforto destinado aos reis Se é assim num deserto de areia o mesmo se dá nos gélidos alpes Lá de cima, onde tudo é cinzento e congelante Iria uma miragem me aterrissar num belo campo Em algum lugar ensolarado, na mata, regado de flores Mas nunca, de fato, estarei num lugar assim Onde eu realmente quero estar, sem quimera Não! Estou sempre no oposto, na contramão Então por que não dirigir no fluxo? Não seguir em boa direção? Nada que se deseja, se faz corretamente estando, seja quem for, privado da razão

A (re)negação

Após algumas leituras de autores como Fiodor Dostoiévski, Friedrich Nietzsche e Sigmund Freud, tentei expor, no papel, É CLARO, algumas coisas que me impressionaram, alguns temas tratados por estes estudiosos, filósofos, de maneira tão normal. O extremo, ou alguma coisa que simulasse a dor maior ou qualquer ameaça à vida não é nenhuma leitura agradável ou de se louvar. (Apesar de ainda eu entender coisas do tipo. Pois, para mim, arte não está empregada só em flores e céu azulados com lindo Sol, sorrisos e leveza). De fato é muito estranho desejar a auto-destruição. O desejo de acabar consigo mesmo, ou com sua própria essência, é insano demais. Mas isso acontece e são atitudes que levam a outras ilustres pessoas a se dedicarem, às vezes, a vida toda, estudando tais atos a fim de elucidar a população, aos demais, e também tentar de uma forma diminuir isso. (Na verdade o homem quer sempre vencer a morte, quer burlá-la, tornar-se Deus. "Trágico, se não fosse cômico")

Além do inferno de Dante

Queria que o inferno de Dante fosse real Mas será que não é de fato? (Assim como existe um céu chato) Se ele realmente existe Logo terá quem o visite Eu sou humano Humano é imperfeito Humano cria e também mata Mulheres e homens têm defeitos Há arma de fogo, veneno e faca Não matamos somente a nós mesmos O abstrato também some em nossas mãos Destrói-se tudo, até o que não existe Temos o poder de mudar as coisas A felicidade em tristeza O quente em frieza O oprimido em opressor Transformamos também A vida em morte O lento em pressa O amor em sorte E vice-versa Eu torço para que chegue um dia E que transformemo-nos em diabo No inferno sintamos o calor o fedor, o horror, o revés ao nosso lado A humanidade falhou, definitivamente Única coisa a ser feita foi esquecida Desde a sedução lançada pela serpente Neste mundo, amar, parece obra de suicida É difícil, penoso, gostar do próximo Ter apreço e afeição é doloroso É mais f

Jazz

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O ambiente sereno se torna Ao suave som aprazível que domina A mente voa madrugada afora Apesar do frio a música é o clima As madrugadas são as melhores Ela produz um prazeroso silêncio profundo O tenro sereno é quem me acolhe Momento em que me desligo do mundo Nessas noites sou mais atrativo Apesar do meu coração cativo Preso às platônicas paixões Ainda assim sinto-me vivo Nesta atmosfera não existe riqueza Muito menos pobreza Também não há vida, porque não há morte Sublimemente há apenas uma natureza Voando alto ou rés Batendo asas ou com os pés É inexplicável como um gosto musical É atraente e sutil como música de Jazz Algo que não se pode explicar Muitos podem dizer que é Deus Nota-se que é tão simples e peculiar Tão real e próximo ao que é meu 

Com o temer...

O pavor venceu a esperança O surto faz parte do improviso O que será dos idosos e das crianças Num mundo onde não há mais sorriso? O que devemos temer? A noite escura? O novo amanhecer? É depressão ou tudo frescura? O que nos preocupa? A ansiedade, a loucura? Em quem pôr a culpa? No vírus ou não remédio que não cura? O verdadeiro malfeitor sorri Nao conseguem achá-lo O coração há de partir A verdade escoa pelo ralo Quem está preso é livre E quem está na rua detento é O primeiro sabe mais que o detetive O segundo vive de correntes no pé O individualismo no solo pisa firme Esmaga povos e seus frutos Nao é ficção, nem novela ou filme É a triste realidade dos brutos Não dê tiros, dê flores Não grite, recite amores Pense no próximo antes de ti Evite gerar grandes dores Pensemos assim antes de confirmar Reflitamos antes de a "tecla verde" apertar O que será, amanhã, de ti e de mim Se o que tememos, passamos a vo