sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Trechos e contextos - Sujeitos.

Dentre três concepções de sujeito, há duas interessantes. A primeira, pode-se dizer do "sujeito cartesiano" - o advento do indivíduo no "centro do Universo". Grande parte da história da Filosofia Ocidental levou essa concepção de sujeito, que consiste em reflexões sobre seus poderes e capacidades depois de uma espécie de deslocamento de Deus do centro do Universo e de toda uma Filosofia, até então, pautada Nele. Sobre isso, partindo do sujeito que pensa e age por si, até a uma concepção de Deus, Descartes elaborou duas substâncias distintas. Pode-se dizer que são “matéria” e “mente”. Sobre a mente - adiantando muito o assunto -, o filósofo francês pôs o sujeito individual no centro das tomadas de decisões e capacidade para produzir, constituído por sua capacidade para raciocinar e pensar - o famoso "(eu) penso, logo existo". Desde então, esse vinha sendo o sujeito racional, pensante e consciente no centro do conhecimento.

(HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Laparina. 2015).


Diferentemente do sujeito descrito acima, a segunda concepção vem afirmando que ele é tratado como aquele que não é dono de seu discurso, nem de sua vontade. Ou seja, sua consciência é produzida fora dele. O que leva ao sujeito a não saber o que diz, nem o que faz, ou seja: “não pensa”, logo “não existe”. Considerando isso, quem fala é um sujeito anônimo, social, coletivo; um sujeito dependente, repetidor. Ele tem apenas a ilusão de ser a origem de seu enunciado. Fato que a ideologia utiliza para fazê-lo pensar que é livre, que diz o que deseja. Isto é, esse sujeito está, de fato, inserido numa ideologia, numa instituição da qual é apenas porta-voz - uma antena repetidora. Porque há um discurso por trás dele, que o utiliza como replicador, sem filtros, de discursos já prontos. Os enunciados não têm origem no sujeito, e são em grande parte um emaranhado que já se perderam de sua origem, apenas vagam por aí. Ademais, por fim, os sentidos que os enunciados carregam são consequência dos discursos que pertencem a outras instâncias, as RELIGIOSAS, POLÍTICAS E SOCIAIS.

(KOCH, Ingedore. Desvendando os segredos do texto; Cortex Editora).

Soneto onde o vento parou na curva

Aos meus olhos ela se põe

Como uma santa ao devoto

Delicadeza que nela eu noto

Além do mais que ela expõe


Deveras pura é sua tez

Me atenho à forma sinuosa

Bela, porém, curva perigosa

Acidento-me em minha timidez


Gosto quando encara sem pudor

Não és lá uma santa eu sei

Contudo tem tamanho valor


Em seu ardente olhar esbarrei

Tudo em meu corpo é só calor

Confesso, amor, logo me apaixonei

terça-feira, 15 de novembro de 2022

O Mal



O Filme ”O Ritual” (2011) trata do percurso de um seminarista cético e decidido a abandonar sua vida como religioso na igreja católica. Durante este processo, seu superior o orienta a passar um período no Vaticano para estudar rituais de exorcismo - talvez com intuito de o jovem noviço reforçar sua crença. Nesse ínterim suas dúvidas e questionamentos só aumentam, porque é nítido o ceticismo ante a teologia, sobre a questão do bem e do mal e, enfim, a descrença em Deus, quando nada de novo acontece nestes dias. Eis que surgem alguns acontecimentos, que é a grande virada no filme, que faz o jovem seminarista ganhar uma forte crença por conta de um caso intrigante de exorcismo: não uma crença em Deus e Seus milagres - primeiramente -, mas no mal e suas artimanhas. Então, surge uma questão lógica: primeiramente, seu ceticismo o deixava no mesmo lugar: não tinha fé no mal, nem em Deus; ademais, sua descrença em Deus não era condição para crer que o diabo existisse. Todavia, uma vez que ele passa a crer em uma das duas situações, no caso, que o mal existe, logo, o seminarista passa a crer no bem também. A partir de então, com esta constatação, com sua crença em Deus, Ele passa a representar o bem supremo e o diabo o mal equivalente.

Confesso que, após assistir ao filme, fiquei muito crente na existência de um mal; um mal que nos ronda, que nos observa e nos tenta. Obviamente um mal externo que eu não sabia explicar, mas tinha fé que existia. Estranhamente, eu nunca ousei questioná-lo; jamais tive a coragem de enfrentá-lo ou, sequer, ignorá-lo por completo. Criei a ideia de mal e passei a temê-lo, a respeitá-lo. Concebi algo inexistente.

Entretanto, com o passar do tempo, através do exercício filosófico natural da nossa existência, em princípio, percebi que ao longo da nossa existência houve um processo de idealização em respeito a este tema: o mal. 

A começar pela Ilíada, de Homero, através dos seus belos registros, houve, na Grécia antiga, uma exaltação à bravura, aos guerreiros, à busca pelo reconhecimento e pela eternização de seus feitos. Não havia espaço para fracos, medrosos, covardes. As lutas eram marcadas somente entre os nobres homens e, inclusive, deuses. Sim, deuses brigavam, tramavam e apoiavam, alguns, os gregos e, outros deuses, os troianos. Via-se também que os deuses conviviam, estavam presentes. O Olimpo era aqui na Terra, um pouco acima das nuvens; havia morada também de outros deuses nas profundezas dos mares e da Terra. 

Dentro desse universo, podemos ver que não havia um fundamento moral, uma verdade, não havia ideia do mal - do que era a maldade - e, consequentemente, do bem - e suas bondades. Já nos primeiros cantos da Ilíada, via-se invasões de terras, povos escravizados e mortos de formas cruéis. No entanto, aquilo tudo era o que era. Os jogos entre os deuses; as batalhas interpessoais; as belas escravas, Criseida e Briseida, sendo manipuladas em disputas; Helena deixando seu marido, Rei de Esparta, numa fuga com Paris… Tudo sem o mínimo senso de moral, de zelo; nenhum princípio era posto à frente das atitudes, nenhum respeito mútuo e tudo aquilo com a aprovação ou retaliação dos deuses.

Séculos depois, ainda no ocidente, com o decálogo de Moisés ao advento do cristianismo, algumas noções foram ganhando forma e lugar. As leis que Deus teria dado a Moisés seriam uma forma de compreender todas as nossas ações enumeradas em dez deveres. Eis as leis definitivas para que o indivíduo levará consigo para se ter uma vida virtuosa. Esta espécie de princípio da moralidade foi se alastrando, se estabelecendo e, a partir daí, algumas coisas foram postas em margens opostas do rio da vida. Bem e mal foram inculcados nas mentes daquela época: virtude e vício, certo e errado, pecado e obediência e, por fim, Deus e o Diabo. Aquele que não caminhar nas linhas definitivas dos mandamentos, será considerado um pecador, um violador das leis e portanto, o mal - sem contar o mundo das ideias e o mundo dos sentidos, onde que se foi criado um mundo externo para aplicar neles todas as imperfeições que assombravam a nossa realidade mundana.

Mais séculos à frente, um filósofo chamado Immanuel Kant, tratou de reduzir praticamente todas as nossas atitudes em uma só, em um só “mandamento”, ordinariamente a chamada de "regra de ouro”. Eis o seu famoso conceito de imperativo categórico. Isso é até coerente, porque, o ser humano não podia estar limitado a apenas dez atitudes a cumprir para se estar dentro das benesses mundanas e suas relações. Isso até procede, porque, em vista dos dez mandamentos, o que dizer de uma pessoa que não viola nenhuma lei, mas que de alguma forma prejudica o outro? Não há um terceiro excluído neste jogo de bem e mal da moralidade cristã: ou a pessoa é boa, porque segue os mandamentos, ou é má porque as viola. Porém , nossas atitudes são milhares… O nosso agir, nossas relações. Somos afetados diversas vezes, quiçá em um único instante. Então, apenas dez leis não seriam suficientes para julgamentos certeiros sobre milhares de ações. Dessa forma, sendo impossível ampliá-las ao infinito, o sensato foi resumi-las em uma só. Uma que abarcasse todas as nossas atitudes. Uma lei que pudéssemos dizer: o que eu fiz foi bom. Com este único “mandamento”, Kant sintetizou todas as nossas ações, de todas as pessoas e de todos os lugares e tempo. 

Para não me estender muito, pararei em Kant para retomar ao questionamento que me fez demolir algumas destas questões supracitadas aceitas como verdades irretocáveis sobre o bem e o mal. Supondo, primeiramente, que existam fora da nossa psiquê: seriam eles entidades fora da nossa realidade, questões externas a nossa existência? Se sim, teremos que assumir um “fora” da nossa realidade. O que seria impossível, pois uma realidade primeira não pode criar outra realidade fora dela. Aceitável seria uma realidade criar algo para dentro de si, em seu universo. Logo, descarta-se a possibilidade de haver um bem e, concomitantemente, o mal externamente, transcendente. 

Em segundo lugar, supondo que o bem e o mal são imanentes, que estão em nossa realidade, então, não foram criados por nada externamente a nossa existência. Se isso procede, quem cunhou o bem e o mal? Como e quando se bateu o martelo sobre o que é o bem e o que é o mal? E mais: isto já veio escrito, anterior a nossa existência? Quem o escreveu? - e, se alguém ditou estas regras antes mesmo de nossa existência, já cai na contradição de algo ter dito do bem e do mal fora da nossa realidade - pois entendemos que não há nada exterior a ela. No máximo pode-se dizer que o bem e mal são criações de convenções das próprias pessoas. 

Mas agora, outra questão: se bem e mal foram criados, o foram em algum momento; então, que momento foi esse? Por quais pessoas? Algum papa, algum rei, antigos filósofos, os primeiros habitantes da Terra? Será que o pensamento destes, seja do indivíduo, seja de um coletivo, abarca todo e qualquer ser humano de cada canto deste planeta e de tempos diferentes? O que seria bom para os hindus de 3 mil anos atrás também era para os egípcios da mesma época? Quem era a medida para todo o bem e o mal a ponto de eternizá-los como bem e um mal supremo? Qual era a régua, qual balança que se usou para medir o bem e o mal? Então, com certeza, pode se dizer que esta aplicação de bem e mal é subjetiva; é um julgamento individual e diversifica-se com o tempo, com as vivências, com contextos distintos. Logo, não se tem uma equidade para se dizer o que que é bom para um indivíduo ou para um povo em espaço e tempos díspares. 

Portanto, uma moralidade que traz a ideia do que é bom e o que é mal está, analogamente, em uma correnteza, em um fluxo quase que heraclitiano, onde que não se pode entrar duas vezes no mesmo rio - quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou: a mesma coisa se dá com esta sensação de bem e mal. Não há uma ideia fixa, eterna de bem e mal. Estes quesitos morais, adotados por aqueles que acreditam em algo superior transcendente, estariam - caso entende-se que há um bem e um mal exterior - em constante devir. Sendo assim, seria correto afirmar que a ideia de bem e mal são fincadas em bases nada firmes, sob fortes correntezas. 

Ademais, é importante entender que, o que existe, de fato, é a nossa potencialidade, nosso agir, nossa relação para com o próximo e que vão se modificando conforme o tempo vai perpassando nossas vidas e trazendo outras, com novas experiências e potencialidades - dado que não existe nada sobrenatural, nada além da natureza, externamente, que rege os acontecimentos do mundo. Esta questão, pois, traz-nos um problema. Se cremos que nos acontecimentos há uma ordem para além de nosso mundo, entendemos que esta ordem precisa ser obedecida, compreendida, que nos conforta e, assim, possamos seguir nesta ordem de mundo perfeitamente. Isto porque acaba surtindo, em nós, um efeito moral, pois esta ordem é vista como a verdade plena. Agora, se acontece um evento fatídico, por exemplo, uma injustiça, qual não se consiga compreender, aplicamos-na a este ordenamento verdadeiro externo, com finalidade de uma busca lógica, racional, para que expliquemos e nos consolemos diante da triste injustiça. Portanto, julgamos o que é mau àquilo que não conseguimos compreender, aquilo que foge a nossa compreensão.

Por fim, com base nestes conceitos da negação do bem e do mal, Spinoza e Nietzsche entendem de formas semelhantes o conceito em si, porém há uma leve distinção entre eles. Para Spinoza, o bem e mal são medidos por nosso estado de alegria ou tristeza e que, tais estados, sob a ação dos afetos, podem amplificar ou não nossa potência de agir. A partir disso o filósofo holandes diz que ainda que tenhamos um conhecimento real do que é o bem e o mal, não poderemos refreá-lo - não enquanto conhecimento real, mas sim como um afeto. Portanto, para Spinoza, bem e mal é um julgamento subjetivo em meio a afetos sob uma rede complexa de potencializações. Por outro lado, para Nietzsche, bem e mal surgem de interesses de classes, precisamente, da maior potencialização de uma classe em detrimento de outra. Assim, sua investigação se dá de forma histórica e crítica da maturação dos conceitos morais nas sociedades. De fato, o conceito de bem e mal, nasce do antagonismo das classes sociais, onde Nietzsche procurou investigar a historicidade das alterações que a moral veio sofrendo. Neste sentido, ele percebeu que as palavras bem e mal expõem uma a psiquê com origem no platonismo onde despontou o espírito de ressentimento contrários aos valores naturais da nobreza e da classe guerreira; isso provocou as classes inferiores, que tentavam usar tais valores para si invertendo-os. Além disso, é com o advento do cristianismo que consolida-se a ideia de que o que é bom é aquilo que é humilde e sem força em contrapartida daquilo que é forte e nobre, que é tido como algo ruim e, consequentemente, mal. Portanto, para Nietzsche, bem e mal é pensado de forma que o homem é, por natureza, um ser dominante, porque, lhe é intrínseco os instintos de dominação. Além do mais, a partir de uma perspectiva geral, há um julgamento mútuo, objetivo, entre as redes complexas de potencialidades das que dominam e das que são dominadas.


domingo, 16 de outubro de 2022

Vencer um debate - Há limites neste jogo?



Minha visão pessimista sobre certas coisas da vida me ensina que, por exemplo, em um debate, dois expositores tendem a NÃO buscar a verdade absoluta objetiva, mas sim, simplesmente, vencê-lo - de qualquer forma. Ingênuo é aquele que acredita que ambos os expositores, que estão disputando um cargo de autoridade máxima, venham com argumentos justos e sinceros um para com outro e, além disso, para com todos os presentes/ espectadores/ platéia etc... 


Hoje tem debate político na televisão. É um momento histórico e delicado para o nosso país. Há dois dos mais populares e idolatrados políticos do Brasil. Teremos um debate épico - comparando ao futebol: um clássico! Dois políticos natos; dois oradores - a sui generis - muito retóricos e, consequentemente, muito convincentes. Cada qual convenceu suas bases, que são suficientes para levá-los aos mais altos cargos públicos que esse país oferece: tanto de um lado, quanto de outro - antagônicos entre si - têm votos suficientes para tal.


Pessoalmente, como sou um ser pensante, capaz de julgar e dotado de princípios, obviamente já possuo o meu candidato para esta eleição e, retornando ao primeiro parágrafo, não sou ingênuo. Entendo que o candidato que irei votar, também não é o indivíduo a ser exemplo de um orador em busca da verdade absoluta, por mais carismático e entendedor de política que ele seja; sei, também, que ele precisa conquistar votos, deseja estar no poder e se candidata por causa disso. Com isso, sei que ele usará de mecanismos de convencimento apenas - ignorando a verdade em sua objetividade. Portanto, vejo que, o que este candidato propõe a mim está dentro da esfera dos debates políticos, das retóricas com a finalidade de conquistar eleitores - apenas - de certa forma aceitável, respeitando os parâmetros democráticos e de direito.


Em contrapartida, o lado antagônico dessa situação toda - sob o meu ponto de vista - é alguém que fere a todo o ordenamento civilizatório e tudo o que é de democrático e legal em um diálogo - ainda que se tenha como intuito apenas vencê-lo a qualquer custo*. Além deste candidato, hoje, temos alguns oradores, sejam políticos, sejam veículos de comunicação e até mesmo cientistas, que estão passando dos limites legais e democráticos no quesito informar a população ou trazer-nos a verdade. Isso exige mais de nós, receptores, espectadores de tais debates e demais discursos de cunho político entre outros assuntos.


* Para se ter uma ideia de sobre “vencer a qualquer custo” versus “ser ético”, peguemos, analogamente, uma guerra entre nações: ainda que, em uma situação grave como esta, em que países jogam bombas entre si e atiram uns nos outros, há nisto um comportamento ético a se seguir. Embora países queiram se aniquilar, tomar territórios alheios, eles usam seus ataques de forma a atingir o mínimo possível de indivíduos militares - embora civis também sofram muito com ataques, mas não é intencional, nem declarado atacar civis diretamente. Até hoje, em guerras desse porte avassalador, busca-se o mínimo de ética. Por exemplo, não se atira em inimigos que estejam desarmados; não se maltrata reféns; não se atira em paraquedistas de uma aeronave em perigo durante a sua descida - dizem os Regulamentos da Haia e diversos tratados iguais sobre os direitos humanos - entre outros casos curiosos.


No entanto, o que se vê nos debates, nas propagandas políticas e nas campanhas são sempre casos onde a verdade, ou sua verossimilhança, é abolida. São situações verbalizadas que têm peso mais letal que em guerras com armas mortais. Há o descaramento em nem se tentar amenizar alguns fatos, ou trazer algo plausível: a mentira é esfregada tantas vezes em nossas fuças, que elas acabam se tornando verdade. Parafraseando Hannah Arendt: eis que temos a “banalidade da mentira”. Banalizaram tanto a mentira, que chegaram ao nível de crimes; leva-se afinco não só o desejo de poder, como também de destruir: destruir nossas vidas, a democracia, o equilíbrio entre Poderes e também a Ciência, a História e a Filosofia. E, com a mentira em voga, trocando os reais valores, acata-se/endossa-se um crime em detrimento de princípios básicos - como o dos Direitos Humanos; além do fato de dar apoio a um crime apenas por se achar que está com “razão”.


Ademais, amenizando a situação agora, questões como estas, falsas, mentirosas, falaciosas e etc, e o que se chama hoje de “fake news” é, há muito, estudada por notórios pensadores da história da humanidade. E, um dos últimos clássicos, um notório dos últimos séculos a fazê-lo, foi Arthur Schopenhauer. Com base em algumas obras de Aristóteles sobre lógica, dialética, retórica, o alemão, do século 19, apresentou-nos “A arte de ter razão", obra póstuma que possui outros títulos - e que me levou a começar este texto.


Não muito diferente dos antigos, nossos diálogos entram no modo “vale-tudo” desde temas políticos, sobre o porquê do enriquecimento de urânio até se "foi penalti ou não?" no jogo de futebol. É natural... Porém, até que ponto devemos ir para se consagrar em um diálogo, ou convencer/ converter um público?


Por fim, deixando de lado o campo da oratória, dos expositores, incrivelmente, hoje, ano de 2.022, os ouvintes, espectadores, ainda caem nos argumentos mais fracos e desprezíveis da história da humanidade; outros, sim, possuem uma eloquência admirável, devido a sua perspicácia e alto grau de conhecimento - esteja no caminho mais coerente à verdade ou não. No entanto, a maioria ainda continua com argumentos frágeis e propostas tolas, ou agem de má-fé - e não me limito somente a um argumento de um expoente para com outro não - também é notório um debate inteiro nesse sentido entre dois ou mais participantes: sujo, pobre e, quiçá, criminoso.


Atentemos-nos!


Trago aqui, de Arthur Schopenhauer, algumas das 38 estratégias sobre como sair vencendo, de qualquer jeito, um debate - seja ele qual for, ou sobre o que for:


Estratégias - Mude de assunto quando estiver a ponto de perder o debate; provoque o oponente; exponha um sentido ruim na proposta alheia


A: Uma matéria aponta, com base em investigações nas suas declarações, que dos mais de cem imóveis negociados pelo senhor, 51 foram pagos com dinheiro vivo. Além do mais, é importante enfatizar que isso acontece no contexto de uma investigação da prática de contratos ilegais durante o seu cargo público como Deputado. Sem contar a mansão de R$ 6 milhões, que o senhor comprou recentemente. Então, caro candidato, é importante refazer a pergunta: Qual a origem desses recursos?

B: Querida repórter, você é casada com uma pessoa que, declaradamente, vota em mim. Que me apoia. Eu não sei como é o teu convívio com ele, em vossa casa, mas eu não tenho nada a ver com isso. Além do mais, a tua acusação é leviana.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Palumba

Em seu jeito standards de se expressar
Variando entre subtone e convencional
Ora um baixinho soar, ora um alto pesar
Numa fria noite um sax falava comigo

O tempo parou devido ao seu monólogo
Parecia ela o único ente a respirar
Suas doces palavras, como que melodias
Faziam-se compreendidas antes de terminar

Sua tenra expressão, seu olhar hipnótico
Seu jogo de sedução sempre me derrotava
Acabei sendo seu interlocutor mais ilógico
Da proza deliciosa que nunca terminava

Uma corrente entre nós me prendia
Instrumento que eu não lograva soltar
Queria meu lábio tocar sua boquilha
e no mesmo tom e língua com ela falar

 

sábado, 24 de abril de 2021

QUE CAPITÃO?

Baseado em uma história real, o filme franco-germânico-polonês, “O Capitão”, levanta algumas discussões acerca de um dos períodos mais horrendos da história e questiona, também, os limites da crueldade humana.

Além do mais, este impactante filme retrata Abril de 1945, duas semanas antes de terminar a Segunda Guerra Mundial e, através desse pano de fundo, ocorrem os fatos do “Capitão” Willi Herold - interpretado pelo ator Max Hubacher - que relatarei adiante. 

Sob direção de Robert Schwentke, o filme apresenta o drama de um soldado de baixa patente (Willi Herold), que está desertando da linha de frente do exército alemão, assustado com o terror da guerra e com a iminente derrota da Alemanha. Aliado à possibilidade de ser capturado e responder com a vida pelo crime de deserção - afinal, deserção é um dos piores “crimes” que se pode acontecer em uma batalha, para um exército - Herold foge desesperadamente, assustado até com sua própria sombra, desconfiando até das folhas que se desprendem dos galhos das árvores. Enfim, um soldado deveras amedrontado. 

Por conseguinte, durante sua fuga, Herold encontra um carro militar abandonado com o uniforme de um capitão dentro dele. O jovem o veste, confiante que na condição de oficial poderá escapar da corte marcial nazista - morte certa. No entanto, ao vestí-la, Herold, um mero soldado e desertor, sente o peso da farda que é, nada menos, que a de um capitão.  E… Com o peso, o poder. E a partir daí, o filme se desenrola, assustadoramente. 

Agora, em relação a esta resenha, venho expor aqui visões que tive do filme; muitas perguntas, muitas questões, que surgiram posteriormente.  Pois, esta é uma obra que nos posiciona bem no centro de uma encruzilhada. Portanto, haverá muitas interrogações ao longo do texto, bem mais que asserções.

Primeiramente, sobre toda essa trama do soldado desertor que se “transforma” em um capitão, fica, de cara, uma impressão: quando não se sabe mais onde termina a verdade e começa a mentira, e vice-versa! - diga-se de passagem. É extremamente sabido, que o jovem Herold é um soldado e que ao vestir uma outra farda, ele já sabe que está mentindo, a julgar, em primeiro lugar, para si mesmo. E como lidar com isso dali em diante? Pois, é! 

Outra coisa... Em uma guerra mundial, crê-se que, ao estar de um lado, Herold, é inimigo do outro. Sua vida corre, vamos dizer, 50% de risco. Agora, ao trair seu próprio grupo, desertando-o, sua vida agora corre 100% de risco. Então, para mantê-la, em que circunstâncias Herold faz valer sua vida por mais de um grupo inteiro? Até onde iria para manter-se salvo? Ordenarias ou se responsabilizaria pela morte de dezenas, ou até de uma pessoa que seja? Matarias uma pessoa inocente em troca da própria vida? E tudo isso sabendo que está errado como desertor e que poderia ter evitado desgraça maior lutando por seu país em guerra?

Contudo, como capitão, para provar sua lealdade - para não ficar suspeito - Herold, desertor, seria capaz de qualquer coisa em prol de sua vida, de sua liberdade, mas… Qual vida? Que liberdade? Não seria melhor a morte a ter de viver dessa forma: fugindo, fingindo, mentindo e matando, vendo morrer inocentes? Desertores na verdade são mesmo pobres covardes ou a pior espécie de cães numa guerra?

No caso do Willi Herold, em meio a um Estado concebido para dizimar povos, nações e, após ter tido ciência de tudo que aquela “máquina” fez com os judeus, ciganos, africanos, orientais..., é compreensível sua debandada. E não há nenhuma vergonha em seu abandono. Tanto é que houve muitos relatos de deserções. Alemães que largaram o Estado nazista e partiram em fuga para outros países do Ocidente, por exemplo, e lutaram contra o próprio nazismo. 

Porém, isso é só uma hipótese. Porque Herold não me parecia fugir com medo do avanço dos aliados, ou do terror que é uma guerra. O filme não deixa claro o porquê de o Herold estar fugindo. Então, parece que não é relevante. Contudo, deixo essa reflexão.

Vamos, na sequência, entrar nas questões pós-farda, do que vive o soldado desertor, Willi Herold. Uma coisa que o agora capitão vai precisar usar e muito é o fator "você sabe com quem está falando?” Porque, não adianta ser um capitão nazista, mas fraco; sem postura e compostura.

Baseado nisso, podemos pensar metaforicamente para facilitar a questão. Herold, enquanto soldado, é um cão domesticado; quando “capitão”, se torna um lobo feroz. Até aí, tudo bem. Herold esbarra-se com um soldado, no caminho, durante sua fuga menos desesperadora. Não parte de Herold a atitude imponente, altiva ou pedante, mas o respeito, quase que de louvor, obediência e a lealdade vêm do soldado que, perdido, topa com Herold - já com farda de capitão. 

Os dois avançam. O soldado, todo servil, mais aliviado - talvez - por ter encontrado, não os aliados, mas um dos seus, parte com o capitão dentro do carro para longe das linhas inimigas. Eis que aí começa o caos. Os demais militares, oficiais, que para Herold eram como lobos, agora se tornam cães amedrontados. 

Todavia, isso pode ser narrado não às vistas do impostor e, lobo feroz, Willi Herold, mas sim dos meros “cãezinhos”: todo aquele ambiente, aquela guerra, com um novo oficial nazista vista aos olhos, agora, dos próprios oficiais ou demais militares nazistas que surgem. Herold se agiganta ante a tanto oficial nazista. Um novo ovo da serpente no ninho prestes a tomar vida. Seja o soldado mais vil da SS, seja o oficial classe A do exército alemão, Herold não toma conhecimento e incorpora realmente um novo oficial nazista.

A farda e a postura do novo capitão Wlli Herold lhe caem tão bem que parece, realmente, ele ter realmente vocação para ser capitão; para liderar, comandar e dar as mais terríveis ordens, impressionando qualquer experiente militar nazista de qualquer hierarquia - ainda que herold, na verdade, seja um soldado desertor. 


Agora vamos ver alguns fatos, uma vez que o filme é sobre a 2a guerra, sobre nazistas: o ano é de 1945. A Alemanha levava “pau”, "a casa estava caindo". O 3⁰ Reich, estava se transformando no "zero Reich". Muitos desertaram, foram executados, outros se suicidaram... Enfim, todo o exército alemão perdendo territórios e a guerra. Além de Hitler perdendo o senso genocida e adquirindo uma tendência suicida. Já se dava, praticamente, consumada a vitória pelos aliados. A alemanha nazista, o exército do führer era um verdadeiro caos sem liderança. 

Assim sendo, o filme “O capitão", porém sob o contexto dito no parágrafo acima: em meio a uma Alemanha confusa, deteriorada, quase entregue a quem pode-se chamar de desertor? Quem é que é militar oficial? Quem é justo ou inocente? Ou, quem é aquele que diz mentiras para salvar vidas ou para matar? Em quem confiar? Afinal, quem é, de fato, um superior, um soldado alemão ou um cidadão com desejos sórdidos nessa história toda ou até mesmo? Algum aliado poderia estar como espião em meio aos nazistas também, por que não? E mais uma coisa importante em meio a tudo: se eu falei "A" tenho de mantê-lo até o fim, por mais que minha vida esteja sob forte ameaça e haja uma desconfiança absurda pelos demais; por mais bizarro que seja o que eu tenha inventado para defender minha posição de oficial (ou qualquer outro posto). Porque, veja bem - em tese - na dúvida é melhor acatar: vai que surge um capitão mesmo, que nesse caso possa ter recuado da linha de frente, fugindo dos inimigos e que veio a se perder, ou que sofreu emboscada, ou escapou de uma prisão inimiga e que, no caminho, outro oficial ou soldado lhe ajudou e etc... Daí algum de patente inferior irá descumprir suas ordens? Na dúvida, é melhor crer na posição, seja de quem for. Se o desertor com vantagem da farda de um oficial falar que a “terra é plana”, quem irá duvidar? Somente outro oficial, porém, mesmo assim, com "pé atrás" - ou esse outro oficial também está sob as mesmas condições do desertor impostor e tirará proveito concordando com tudo. 

Desse modo, o desertor, no contexto de 1945, tinha essa vantagem. Por isso acredito o mesmo ter acontecido com outros homens que vão surgindo no filme: será que o oficial que aborda outro suspeito, o é também de fato oficial? E os soldados? Não seriam saqueadores civis, porém de farda, para cometerem crimes? Ou seriam fujões que tiveram o revés em dar de cara com um homem usando uma farda de um oficial? 

Com isso, esse efeito desencadeou (me pareceu) uma mentira que se sobrepôs a outra - uma vez que havia, no mínimo, mais de 2 personagens desertores ou outros militares de verdade com problemas burocráticos muito sérios tendo que manter suas palavras e posições deveras firmes, sem gerar qualquer deslize podendo custar sua vida.

Eu pude ver o filme normalmente achando que todos eram desertores - salvo alguns - fingindo, aparentando, estarem a serviço do führer, “até o fim”, porém não queriam assumir suas mentiras, mantendo-se assim altivos e fiéis, por motivos óbvios.

Ademais, o filme há predominantemente discursos autoritários ainda que pedantes, porém carregadíssimos do éthos, exageradamente autocontrolados. Discursos autoconfiantes, quase que narcisistas; talvez por medo da morte iminente, uma vez como perseguidos do estado, ou o que sobrou dele, apostaram em si próprios e em suas posições sociais - mesmo que falsas - posteriormente, diante de ordens de matanças, chacinas horrendas, a autoconfiança ganha volume.

Ainda assim, há que se observar também o pathos que, nos piores momentos citados - e passados no filme - reside em cada um e transpassa delicadamente em cada rosto, em cada olhar. Não obstante, esse discurso sentimental, passional, carregado de paixão qualquer ou de apelo emocional não cabem numa situação como a de um filme com esse porte e, muito menos, numa guerra daquela proporção.

Enfim, filme recomendadíssimo! Bem tenso, excelente filmagem, música, cenários, diálogos, atores e toda parte técnica (que não sou expert rs) que, realmente, ambientaram bem a produção. Muita reflexão ainda cabe hoje, dezenas de anos depois desse período horroroso da história e que sirva de lição para as próximas gerações. Que se possa refletir cada vez mais sobre a segunda guerra mundial e todo efeito nefasto que ela causou.


sábado, 23 de janeiro de 2021

PORRE Nº 2.020

[Texto editado]

O QUE MAIS DE CATASTRÓFICO DEVEMOS PASSAR COMO CIDADÃOS? QUAIS MAIS HUMILHAÇÕES E DESRESPEITOS DEVEMOS ENCARAR? ALÉM DE TUDO O QUE JÁ ACONTECEU CONOSCO NESSES ÚLTIMOS 8 ANOS, SERÁ QUE NADA DAQUILO PELO QUE PASSAMOS NÃO NOS SERVIU COMO LIÇÃO? E AQUELE INCENTIVO À REVOLTA? EITA! E O GIGANTE QUE HAVIA ACORDADO? CADÊ?


DESDE DESEMPREGOS AOS MILHÕES AO LONGO DESSES ANOS;
PREÇOS DE COISAS BÁSICAS - COMO ALIMENTOS - ABSURDAMENTE CAROS;
TODO TIPO DE VIOLÊNCIA;
CENTENAS DE MILHARES DE ÓBITOS (CONTANDO SÓ COM A PANDEMIA DO COVID-19);
CORRUPÇÕES DIVERSAS, EM PLENO PICO E TOTAL DEVASTAÇÃO DO VÍRUS: ROUBOS NA CONSTRUÇÃO DE HOSPITAIS DE CAMPANHA, ROUBOS DE CILINDROS DE OXIGÊNIO, PESSOAS “FURANDO FILA” PARA TOMAR VACINA;
"INVESTIMENTO ZERO" NO SETOR DE SAÚDE, PRECARIZAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SETOR, ROUBOS E FALCATRUAS NOS CONTRATOS EM CIMA DAS DEMANDAS DA SAÚDE PÚBLICA...


NINGUÉM FAZ NADA?


GENTE, ISSO TUDO QUE ACONTECE HOJE É GRAVÍSSIMO!


TUDO ISSO É DEMASIADAMENTE DESUMANO! É O CÚMULO DO ABUSO E DO DESDÉM COM VIDAS ALHEIAS.


OU SEJA, APROVEITARAM A PANDEMIA PARA PRATICAREM CORRUPÇÃO?


MEU DEUS! PESSOAS MORRENDO COMO INSETOS, A LOTE, ENQUANTO OS DONOS DOS NEGÓCIOS, MAIS AQUELES QUE FORAM ELEITOS, ESTÃO ALMEJANDO LUCROS, ABUSANDO DE PRIVILÉGIOS, TUDO ATRAVÉS DE AÇÕES ILÍCITAS?


POR QUE O SANGUE HOJE NÃO FERVE COMO HÁ 6, 7 ANOS? QUAL O PROBLEMA EM SE REVOLTAR CONTRA OS DESCASOS, DIANTE DESSES ABSURDOS QUE ESTAMOS ASSISTINDO INERTES?


RESPOSTA PARA ESSA DESMOTIVAÇÃO TODA POR PARTE DO POVO: O PT. SIM, O PARTIDO DOS TRABALHADORES. JUSTIFICANDO: SE FOSSE O PT NO PODER, ENQUANTO ESSE PERÍODO DE MANDATO PRESIDENCIAL ENTRE 2019 - 2023, FERNANDO HADDAD (OU QUALQUER OUTRO DO PARTIDO) JÁ TERIA SIDO ESCORRAÇADO DO CARGO JÁ NAQUELE CASO DO AVIÃO DA FAB TRANSPORTANDO COCAÍNA - QUE FOI TRATADO SEM MUITOS ESCÂNDALOS E MUITO MENOS HISTERIA POR PARTE DOS MAIS REVOLTADINHOS DE OUTRORA. SENDO ASSIM, TUDO O QUE ACONTECEU E VEM ACONTECENDO "NÃO É O PT, ENTÃO NÃO VOU ME MANIFESTAR. NÃO VOU ME INDIGNAR".


O QUE LEVA O CIDADÃO SELECIONAR SUA CORRUPÇÃO FAVORITA? POR ACASO É SÓ O PT QUE COMETE CRIMES DE CORRUPÇÃO? O MUNDO SEM O PT, VIVE-SE EM PAZ; COM O PT, VIVE-SE À BEIRA DO CAOS?


ESSA INDIGNAÇÃO SELETIVA POR PARTE DA POPULAÇÃO ESTÁ DESTRUINDO NOSSA POLÍTICA, NOSSAS RELAÇÕES. PORQUE, ANOS ATRÁS TODO MUNDO ESTAVA CIENTE E ENVOLVIDO COM OS NOTICIÁRIOS SOBRE POLÍTICA NO BRASIL. TODO MUNDO, À ÉPOCA, SABIA QUEM ERAM OS MINISTROS DO SUPREMO, POR EXEMPLO (AINDA HOJE É ASSIM); NÃO SE SABE QUAL O TIME DA SELEÇÃO BRASILEIRA, MAS SABE-SE OS 11 DO SUPREMO - COISA INÉDITA, DIGA-SE DE PASSAGEM. O QUE TINHA DE ANALISTA POLÍTICO, TANTO NAS RUAS, NOS REFEITÓRIOS DOS LOCAIS DE TRABALHO, NAS REDES SOCIAIS! E AGORA ESSE POVO SUMIU. ORAS, A POLÍTICA FICOU DESINTERESSANTE NO BRASIL? ACABOU A CORRUPÇÃO? - SENDO ASSIM, NÃO TEM MAIS GRAÇA COMENTAR POLÍTICA?


PORQUE COM O PT, NÃO PODIA HAVER UM ACIDENTE DE TRÂNSITO, NÃO PODIA CAIR UM RAIO, NEM SEQUER FAZER MUITO CALOR: TUDO ERA CULPA DO PT. E TUDO ERA MOTIVO PARA SE APONTAR OS DEDOS PARA O GOVERNO E FRITAR NO "FEICIBUQUE" E PELAS RUAS EM PASSEATAS. DESSA FORMA, CABE UM QUESTIONAMENTO: E AGORA? NÃO CAI MAIS RAIOS? NÃO HÁ MAIS ACIDENTES DE TRÂNSITO, NEM HÁ MAIS DESCASO ALGUM OU CORRUPÇÃO ALGUMA? A GASOLINA ESTÁ R$ 6,00: VI MANIFESTANTE INDGNADO - SELETIVAMENTE INDIGNADO - QUANDO A GASOLINA ESTAVA EM TORNO DE R$ 2,50 E ESSE QUERIA DESTRUIR O POSTO DE GASOLINA TODO. AINDA MAIS, LEMBRO-ME DA SENHORINHA LÁ QUE DESTRUIU UMA PRATELEIRA INTEIRA DE VINHO RECLAMANDO DO PT, PORQUE O PREÇO DAS COISAS ESTAVAM ABSURDAS. CADÊ ESSE POVO? VOLTOU PARA NETUNO?


O PIOR DE TUDO, DESSA ADOÇÃO DE PARTIDOS POLÍTICOS, COMO SE ADOTA TIMES DE FUTEBOL, É QUE CRIMES DEVERAS PREOCUPANTES E QUE NOS ASSOLAM DIARIAMENTE PASSAM DESPERCEBIDOS. NÃO ME REFIRO MAIS AO PASSADO. O QUE JÁ FOI, JÁ FOI. TANTO É QUE A OPINIÃO PÚBLICA ENTENDE QUE A JUSTIÇA FOI FEITA NO BRASIL, SIM. PRINCIPALMENTE, COM A LAVA-JATO; QUEM FOI PRESO, FOI PRESO JUSTAMENTE E QUEM ESTÁ SOLTO É PORQUE NÃO DEVE NADA. ESSES SÃO OS FATOS. PARA O BRASILEIRO, TUDO FOI CONSERTADO E INCLUSIVE, SURGIU ATÉ UM JUSTO, UM HERÓI, PARA SIMBOLIZAR O BRASIL DA ERA DA JUSTIÇA: O, ENTÃO, JUIZ SÉRGIO MORO. PORÉM OS CASOS DE CORRUPÇÃO CONTINUAM, CRIMES CONTINUAM, PORÉM A INDIGNAÇÃO MORREU NÃO É? OU QUEREM QUE GRUPOS QUE FORAM ELEITOS ROUBEM MESMO (NÃO SENDO O PT NÉ?).

EU ME ASSUSTEI HOJE NUMA CONVERSA NO HORTIFRUTI: O DONO DA HAVAN EMPREGA MILHARES. ELE PODE ATÉ SER CORRUPTO, MAS GERA EMPREGO. REALMENTE, O BRASILEIRO PRECISA SER ESTUDADO. RECLAMAVAM DO LULINHA, QUE ERA TIDO DONO DE ALGO QUE ELE NÃO ERA, DE FATO, MAS O DONO DA HAVAN PODE COMETER CRIMES FISCAIS, OU SEJA, CORRUPÇÃO. OK!


CONTUDO, AGORA, EM 2021, APÓS UM ANO INTEIRO COM PROBLEMAS DEVIDO À PANDEMIA DO CORONAVÍRUS, AS COISAS NADA SOSSEGARAM. E A CORRUPÇÃO - DE TODAS AS FORMAS - SE ACENTUOU COM UMA ASTÚCIA E AUDÁCIA INCALCULÁVEL. MAS NÃO… NINGUÉM ESTÁ “NEM AÍ” PARA A PRÁTICA DE CRIMES ABSURDOS, BEM ESCANCARADOS E CORRIQUEIROS. MAS “AH, SE FOSSE O PT!” VAMOS VER: A CPI DA PANDEMIA ESTÁ AÍ. (NUNCA DÃO EM NADA ESSAS CPIs, MAS PELO MENOS APONTA AS CONTRADIÇÕES ENTRE CHEFE DE ESTADO, COM MINISTROS, GOVERNADORES, PREFEITOS E ETC. É SÓ ANOTAR O NOME E NÃO VOTAR MAIS).


ATUALIZAÇÃO BETA v.5.7.0: AGORA MEUS ELETRODOMÉSTICOS SÃO PÓS-ESTRUTURALISTAS

Dizem, os pós-estruturalistas , que a linguagem constrói a realidade. Isso é ótimo, exceto nos dias em que eu preferiria que minha realidade...