Mais ou menos surreal.
Um belo dia,
Numa noite fria,
Acordei do nada;
Me dei conta, era
madrugada.
A Lua iluminava o
quarto,
Pela janela,
refletia no tapete.
Sua luz, em um
grande quadrado,
No chão formado, de
cor branca,
Trazia monstros e o
cacete.
Não me contive e
pulei;
Naquele desenho no
chão,
Me joguei.
Entrei no mundo
surreal;
Tinha de tudo!
Desde um monstro velho,
A um Vampiro bem
legal.
O monstro,
rabugento, não parava de falar,
O vampiro, coitado,
tentava o calar.
Dizia coisas sem
nexo.
Tentando fazer
rimas.
Era uma língua
incompreensível,
Parecia mandarim,
da China.
Eu perguntei ao
conde Vampiro:
“O que esse monstro
diz, não entendo?”
O vamp respondeu:
“Sei lá, também não
o compreendo!"
“Quer saber, vamp, vam bora?"
"Vamos tomar
uns vinho por ai...”;
“Só tomo laranja
com acerola” - respondeu o conde.
Que olhou pra bem
longe,
Virou pombo, bateu
asas e partiu.
Perguntei: “onde
vais?”
“Pra puta que o
pariu!”
E fiquei lá, bolado
e sem ter hora.
Havia levado do
pombo-vampiro um fora.
Um diálogo com o
monstro me sobrou.
Mas o cara não
sabia nem falar,
Que horror!
Tentei puxar
assunto, tentei dizer olá;
E o cara
tagarelando sem parar!
Até que num momento
ele disse “gol”
Uma palavra? Uma
expressão?
Será que é
flamenguista como eu sou?
Monstro, favelado? Existe
isso desse lado?
Afinal que lado
estou?
Inferno ou o
paraíso?
Se for um dos dois,
Vão me arrancar
muito riso.
Inferno com vampiro
que vira pombo? Que figura!
Que bebe acerola,
laranja?
Ele fala palavrão,
quanta lisura!
Ou um monstro no
céu, daquele tipo?
Seria uma especie
de “anjo-hemipo”?
Não, não dá pra
crer.
Melhor eu pedir pra
parar;
Pedir pra descer.
Já chega a
brincadeira acabou.
A Lua se foi, o Sol
raiou.
O calor está
infernal.
Queima tudo, falou?
Queima o rabo,
queima o pau.
Voltarei pra minha
cama,
Que é o melhor
lugar.
Aqui eu vivo, eu
sonho, eu viajo;
Sem sequer sair do
lugar.
Kkkk
ResponderExcluirKkkkkkkkk vc é hilário
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