Solidão que dói
Sozinho em meu caminho Não suporto mais a dor Não a que dói na carne Mas a que remete ao amor Meu quarto, minha fortaleza Sofro entre quatro paredes Onde há uma janela singela E com ela compartilho minha frieza La fora o tempo urge O sol brilha Tudo floresce, ascende Vídeo hollywoodiano, parece Tudo iluminado, florido e maquiado Mas meu ânimo perece E o amor me esquece Como em um filme de terror Vivo mortalmente aprisionado A noite me esmaga com o frio Minha pobre alma está por um fio A névoa cai pesada, não dá! Com ela ei de me enforcar Diante dos meus olhos O medo comigo vem brincar A colorida paisagem la fora À mim olha com espanto A solidão me transformou Sou um prato vazio, sem sabor Que nem sequer alimenta Ao pobre que um dia me amou A tristeza, única companheira Que ao lado de uma amendoeira Tão cinzenta e vazia quão o meu sorriso Me distrai e me faz pensar: Que a solidão só terá um fim Acr