Seja aqui e agora



Ele parece feliz, sabe fingir.
Felicidade é categoria máxima
que alguém pode sentir.
Apenas um predicado, que vem numa caixa.

Lá está! Tão só em meio a um lugar repleto de gente
Cheio de tantas colocações,
cheio de si, de emoções,
que a si mesmo nem sente.

Vai ele… Perdido em caminho reto.
Vive escorado em muletas;
confunde céu com teto.
Desfila em sua categoria perfeita.

Belo dia, um espelho.
Encarou-se de repente.
Pensou num conselho.
E o fez a si carente:

Amigo eu, meu íntimo,
Exponha-te, apareça!
Cadê o você legítimo?
Surja, antes que eu me esqueça.

A ti não vejo, meu eu.
Por que não te refletes?
Não és um espelho meu?
Queres uma prece?

Seria isto um espelho?
Por que esta vastidão?
Não queres meu conselho?
És uma quimera, ilusão?

Medo eu não tenho, portanto.
Sinto que agora me encontrei.
Olhei para meu ser de pronto,
assim que das facetas larguei.

Agora me noto,
acordei do sono.
Sou o númeno,
não mais fenômeno.

O mundo é real.
Tudo é aqui.
Eu sou aqui.
Eu sou real.

Sou único,
sou diverso;
do meu jeito, porém,
no todo universo.

Comentários

  1. Nhm força poderá te fazer parar!
    Meu excelente amigo

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  2. Muito interessante, filosofico, profundo e personalizado. Parabéns e obrigado pela divulgação e enriquecimento cultural da rede. Abraços.

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  3. Muito bacana, Silvio!

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