Corpus Christi

Boa intenção, caridade
Respeito, gesto fraterno
Alegria e amabilidade
Isso tudo há no inferno
Pensamos no mal e no bem
Esquecemo-nos do primeiro
De atitudes que vão além
Se o bem mudasse algo
Do Senhor viveríamos ao lado
Porém nem fingindo inocência
Dor, ou qualquer amor
Não conseguimos enganar:
Primeiro, a nós mesmos
Segundo, ao Criador
Terceiro, por fim, o destruidor
Não se engana a Deus, nem ao diabo!
Ser humano imundo, coitado
Verme consumidor
Onde pisa corrói, distorce
Juntos, sociedade
Unidos, atrocidades
Mentiras viram verdades
As verdades, de fato,
são escondidas em atos
Ato falho
E o desejo inato
De corromper-se
Deixar-se levar facilmente
Lutando uns contra os outros
Contra vizinhos, parentes
Por terra, lama, lixo
Grama, grana, luxo
Ser humano…
Verme, praga, câncer…
Doença maligna
Imune a cura
É falha qualquer tentativa
Solução falida
Nem com intervenção divina
Porque o inferno é aqui
Deus não entra
E nem sai qualquer humano
Mesmo quando Ele tenta
Nós, vis, O expulsamos
E ainda vibramos!
Iludidos, fodidos
Nem com muita reza
Ladainhas, procissões
Velas, tambores
Muro das lamentações
Nem o nosso fim é a solução
Ainda achamo-nos caridosos
Amorosos, unidos
Não passamos de invejosos
Raça genocida, povo suicida
Somos tão ruins
Fadados à eternidade
Nem extinção teremos
A falsidade como excelência
É o ódio que nós temos
da nossa própria existência

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