Soneto onde o tempo parou na curva
Aos meus olhos ela se põe
Como uma santa ao devoto
Delicadeza que nela eu noto
Além do mais que ela expõe
Deveras pura é sua tez
Me atenho à forma sinuosa
Bela, porém, curva perigosa
Acidento-me em minha timidez
Gosto quando encara sem pudor
Não és lá uma santa eu sei
Contudo tem tamanho valor
Em seu ardente olhar esbarrei
Tudo em meu corpo é só calor
Confesso, querida: logo me apaixonei
O bom da vida é apaixonar-se sempre!
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