Se as vacas tivessem religião, Deus iria ter cara de vaca?



Eu não sei por qual motivo adotei o título para o texto que segue abaixo, mas... O que importa? Eu poderia tentar explicar por outro viés, religioso, de fato, mas não estou afim, - e não estou atacando a nenhuma religião, diga-se de passagem (risos). É que hoje eu quero vomitar; quero rasgar um bloco de mil folhas com uma caneta feita de pena; estourar atmosfera terrestre apenas com uma única expiração, ou com um simples sopro. Explodir um vácuo! Tudo por causa de algumas reflexões. Hoje pensei mais do que respirei; pensei mais do que pisquei os cílios; pensei mais que o ato de pensar. Devido a essa energia toda, essa meditação impregnante na alma, cheguei a uma aporia. Eis: Seria a culpa da vaca, por dar, ela, a Deus, uma cara de vaca, ou seja, dela mesma? (Ah, a vaquinha se chama Belinha).
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Contudo, mudando de assunto... Vejam, que injusto e cruel para com os humanos as coisas são. O mundo, o universo que nós enxergamos, não foi feito para nós, exclusivamente. (Olha! Que curioso, não é? Eu fiquei até com sono quando cheguei a esta conclusão. A energia foi embora). A matéria, desde o macro até ao micro, todos fenômenos, não são para nós. O físico o metafísico... Nada nosso. Muito menos "para nós". Tudo é. Eles apenas são. Por si só. Nós somos apenas espectadores desta obra, desta natureza. Então, esse mundo, em que estamos inseridos, - e não operamos - que é visto por nós, sentido por nós, obviamente, é o mundo qual interpretamos, ou melhor, apreciamos. O nosso ideal. Algo pessoal e muito subjetivo. Não temos o poder de transformá-lo, - apenas em nossa mente. Podemos sim é alterar apenas o curso de nossas vidas. Agora, a natureza, o tempo, o tudo, são o que são. Não mudam por nossas vontades, nossos sentimentos e quereres. A tradução é livre, diversificada, única, de cada indivíduo. Temos interpretações de mundo; criamos um mundo em nossa mente, ao longo da vida. Por mais que estejamos inseridos numa comunidade, numa sociedade, ou num país, qual temos a mesma visão do todo, ainda assim, cada qual, tem um olhar peculiar. Ou seja, vejam isso: resumimo-nos como a um fiapo de seda que foge à corda: a cultura de massa, o senso-comum, são essa corda; e há aqueles que são os fiapos. Mas o mundo, ainda, por nós - sejam os fiapos ou as cordas em si - é criado, é moldado mentalmente à nossa maneira, pois estamos nele inseridos. O mundo ganha forma, mas para quem o vê. O mundo real, não se altera, nem se distorce ou se finda, se o faz é por si só, devido ao tempo, ao seu universo físico. Mas suponhamos que o mundo, a Terra, tudo o que tocamos, sentimos e enxergamos, por onde quer que andemos, ficamos e morremos, tudo… Enfim, caso possamos moldá-lo, alterá-lo, definitivamente, fisicamente, inclusive, seu espírito, sua essência, se tudo isso fosse possível, poderíamos fazer algo tão perfeito, ideal e pleno assim? Pensemos! O ser humano é falho, isto é fato. Não atoa, não se enxerga direito, não se vê como um ser social, não se lhe dá em comunhão para com nenhum outro ser vivente... Seria falho, portanto, este mundinho criado por nós, obviamente. Assim... Tenho uma pergunta melhor, veja bem: o que é um mundo ideal e perfeito, criado por pessoas idiotas, doentes e egoístas?

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