O minúsculo poder
Um anel de ouro, um presente do destino.
Com ele, o poder de ocultar-me,
Um sonho antigo, um desejo divino.
Diante disso, a moralidade me reteve,
Uma questão de certo e errado.
Pois com o poder de desaparecer,
Poderia fazer o bem ou o mal sem ser notado.
Inicialmente, minha mente se agitou com uma torrente de possibilidades.
Com ele, o poder de ocultar-me,
Um sonho antigo, um desejo divino.
Diante disso, a moralidade me reteve,
Uma questão de certo e errado.
Pois com o poder de desaparecer,
Poderia fazer o bem ou o mal sem ser notado.
Inicialmente, minha mente se agitou com uma torrente de possibilidades.
Eu poderia roubar riquezas, cair em vulgaridades.
Porém, à medida que as horas passavam,
a questão moral me atormentava.
Pois bem, usei anel. Um segredo profundo,
enquanto minha mente corria idéias, sem parar.
Mas em todas as possibilidades que passavam,
a velha ética vinha me afrontar.
Um dia, passei por um espelho dourado,
Com ornamentos bem detalhados, um espetáculo para ser visto.
Olhei para o meu reflexo, nada havia notado.
Apenas um vazio, um espaço que sempre me via bem quisto.
A princípio, pensei que o anel estava em minha mão,
Porém não! - percebi com espanto.
Eu era invisível, sim, mas não por um anel,
Era minha escolha, uma decisão que eu havia tomado.
Havia ali, por fora, um ser sem forma, um não-ente.
Um dia, passei por um espelho dourado,
Com ornamentos bem detalhados, um espetáculo para ser visto.
Olhei para o meu reflexo, nada havia notado.
Apenas um vazio, um espaço que sempre me via bem quisto.
A princípio, pensei que o anel estava em minha mão,
Porém não! - percebi com espanto.
Eu era invisível, sim, mas não por um anel,
Era minha escolha, uma decisão que eu havia tomado.
Havia ali, por fora, um ser sem forma, um não-ente.
Por dentro, um fantasma vivo, um animal decadente;
distante do mundo, angustiado e sozinho.
Um vazio ambulante, um filhote esquecido no ninho.
distante do mundo, angustiado e sozinho.
Um vazio ambulante, um filhote esquecido no ninho.
O anel da invisibilidade, fruto da maldade.
Um símbolo da escolha que eu havia feito.
Preferi a maldição acima da bondade.
Hoje carrego este fardo, um peso que me prega no leito.
Bem inquietante esse aí. Mas tocante e delicado como sempre
ResponderExcluirDá música
ResponderExcluirEscreve bem demais ...parabéns, silvio
ResponderExcluirForte heim!!!!!!
ResponderExcluirEm um mundo em que todos querem ser vistos, aplaudidos e reconhecidos, creio que invisibilidade não seria um fardo tão pesado assim para o ousados. Mas sim uma decisão bem revolucionária de não carregar o peso de tentar se enquadrar, de ser igual a todo mundo.
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