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Mostrando postagens de junho, 2020

O amor faz sentido?

É a luz sonora, Tem som de sabor Em plena hora faz chuva descer É só tocá-lo que o aroma se sente que o tempo, com ardor Em meio ao inverno quente O distraído notou Mas nada viu O lento acelerou porém logo partiu Nada fez sentido  Do sólido amolecido a paixão se viciou Fez o inteiro fundido A Terra ficou plana A gênese retrocedeu Perseu enfim nasceu Medusa ganhou fama A mente, caso pense com a língua não fala  A derrota que vence nada que se cala Sem nexo tal expor Ouro guardado em isopor tratado com todo zelo Identicamente, o amor

O suicídio que não mata

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Pintura de 1755, o suicídio de Cleópatra. Ouvindo “Flores”, da banda Titãs, repensei no despertar após uma vida que se foi. Apesar de não ter havido a morte do corpo físico, mas de uma vida em um momento de uma pessoa que mudou radicalmente após tantas intempéries. Lembrando que a música é uma clara menção ao suicídio, ou pelo menos sua tentativa, àquele que já chegou a este ponto. Primeiro, a música tem como seu primeiro verso “Olhei até ficar cansado/De ver os meus olhos no espelho”. O que estaria tramando o(a) protagonista dessa história que tanto se olhava pelo espelho? O que o espelho reflete àquele que se depara com ele? O que passa na cabeça de uma pessoa, que, provavelmente está a ponto de dar fim à sua existência, olha para si, encarando-se frente à frente diante do espelho?  Segundo, a música fala tanto de flores, o título é “Flores”, o que raio de flores são essas que estão em todos os cantos? FUNERAL? (Pergunta retórica). E, voltando ao espelho, quando uma pess

A liberdade. Somos livres mesmo? - Jean-Paul Sartre

Vou tentar ser breve no conceito filosófico de Jean-Paul Sartre, francês (1905 - 1980). Filósofo da corrente Existencialista, mas existencialismo ateu. Lembrando que para o filósofo francês, a existência de Deus, ou divindades não é ponto focal para sua filosofia. Sartre fala sobre a Liberdade. Seu pilar filosófico, naturalmente. A liberdade pertence a essência do humano, lhe é intrínseca. Não só somos livres, contudo, estamos condenados a isso. Condenados a sermos livres. Mas não é uma liberdade no senso-comum; não é essa a qual temos ciência, como de costume. Ou seja, fazer tudo o que der na telha quando as oportunidades nos batem à porta. Não é bem isso.  Todavia, existem outras definições: liberdade é você não ser servo da sua mente, inclusive da vontade desenfreada de ser livre. Ou melhor, segundo Kant, liberdade é você sobrepor a razão às pulsões, não se tornando refém delas. Entretanto, outro caso, não podemos nos tornar refém da razão em detrimento das pulsões - assim falava

É preciso ser inteligente

DA MESMA FORMA QUE É EXIGIDA CERTA CAPACIDADE MENTAL PARA SE ENTENDER UM INTELIGENTE, ESTA CAPACIDADE É TAMBÉM EXIGIDA PARA SE ENTENDER UM ESTÚPIDO. ESPERO QUE ME ENTENDAM.

A realidade nos sonhos

Era fim de tarde. Sr. Romeiro começou uma leitura. Não que ela fosse ruim, jamais, porém de súbito lhe bateu um sono absurdo. Aqueles incontroláveis e aprazíveis, diga-se de passagem. Quais fazem parecer que o corpo fique leve e o cérebro reduza seus pensamentos e sensações quase que a zero. Deixou seu livro cair, Romeiro - que lia nada mais, nada menos que Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis - e como numa machadada, apagou. Poucos segundos antes de pegar no sono pensou: "merda! Se eu dormir agora, vou acordar lá pela escuridão da madrugada. Quer saber, vou tentar dormir direto”. E o fez. Dormiu como a um viajante que retorna de uma desbravada aventura no mar.  Romeiro, já nas primeiras dezenas de minutos de seu tranquilo sono, começou sua aventura. Primeiro ele aportou em Nova Iorque. Onde que no momento a cidade estava em plena agitação como de costume. Muita gente indo e vindo, trabalhadores, turistas, carros, transportes públicos, caminhões… Enfim, a mega