Nossos votos, nossas escolhas?


Muito se fala em escolhas no entanto
Ah se pudéssemos escolher!
Se de fato isso pudesse acontecer
Não estaríamos fadados ao perecimento
a um atroz destino doentio

No mundo só haveria de ter felicidade
caso o poder da escolha pudesse se verdade
Mas não… Vê-se que não é assim
Só há guerra, exploração, destruição
Quer saber? Pergunte-se:

O que se deseja de bom construir?
A intenção em extinguir é mais forte?
(Talvez estejamos sem sorte)
Será que de fato algo nós elegemos?
Se sim, com isso novamente pergunto:

Somos doentes, todos juntos?
Vide as atrocidades que cometemos
Tudo bem, algumas escolhas fazemos
Isso é bem óbvio, contudo
é tudo muito supérfluo, que é bem quisto

Porém há algo elementar
Que ao luxo não podemos nos dar
Ao de escolher o rumo
não somente da vida pessoal
mas do mundo a nossa volta

Quanto a este não me refiro a sua natureza, à Terra em si.
E sim ao modo como consumimos o planeta,
de como nos tratamos, nos relacionamos também
Isso tudo é uma escolha?
É doente o nosso princípio? Nossa intenção?

Ora não deliberamos os instintos
E o que dizer do uso da razão?
Seu mal uso é o motivo dessa aversão
Há uns que persistem, resistem
Outros, em fazer o mal insistem

O universo agradece a nossa atuação
Há calor no inverno, há frio no verão
Foi uma escolha cabal?
Decidimos assim, então
à marcha fúnebre na direção do canhão?

Afinal de contas, as escolhas têm poder?
Se sim, medo de humano tenho de ser
Teria medo de ser qualquer ser vivente
Teria medo de ser essa Terra linda azul
Bela por si só porém cheia de gente doente

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