Fugindo de mim mesmo

Ora acho que o mundo me ama
Ora sei que todos me odeiam
Mas o amor é ilusão que se emana
E sei daqueles que me rodeiam
Eu mesmo tenho um desapreço
por mim e vontade nula somente
Anseio o avanço dos ponteiros
e que eles parem exatamente
no momento de minha liberdade
Enquanto presidiário de mim mesmo
A lucidez não se desfaz totalmente
A acidez também na mesma medida
Mas talvez eu fique, solenemente
Até mesmo na hora da minha partida
Na verdade sei muito de mim
Até quando me desconheço
Sei quanto é meu valor, meu preço
Sou uma moeda de dois lados bem pesada
Cara, uma face imóvel prateada
Coroa, um número que nao vale nada

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

O minúsculo poder

Ou como se filosofa com uma agulha

É assim que tem que ser?