segunda-feira, 22 de abril de 2019

Insano e salvo

Da escuridão de minh’alma
Brilha uma gota de sincero cristal
Como no céu, cintila D’Alva,
E o orvalho que brota ao natural

Em meio ao silêncio, o breu
Eu sou o centro do universo
A Lua a me banhar do céu
Um paraíso! Mas eu o reverso

Tudo é tão verde, de fato
Montanhas, cachoeiras,
Até o fumo, as ruas, o mato
As lágrimas e minhas doideiras

Caminhos de terra
As trilhas esguias
Flores de primavera
E eu no pior dos dias?

Sim, é um triste dia:
A ave que voou para eternidade
o amigo que deixou a alegria
Sim, aqui jaz a serenidade

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