Em meio à penumbra, um brilho surgiu, Um anel de ouro, um presente do destino. Com ele, o poder de ocultar-me, Um sonho antigo, um desejo divino. Diante disso, a moralidade me reteve, Uma questão de certo e errado. Pois com o poder de desaparecer, Poderia fazer o bem ou o mal sem ser notado. Inicialmente, minha mente se agitou com uma torrente de possibilidades. Eu poderia roubar riquezas, cair em vulgaridades. Porém, à medida que as horas passavam, a questão moral me atormentava. Pois bem, usei anel. Um segredo profundo, enquanto minha mente corria idéias, sem parar. Mas em todas as possibilidades que passavam, a velha ética vinha me afrontar. Um dia, passei por um espelho dourado, Com ornamentos bem detalhados, um espetáculo para ser visto. Olhei para o meu reflexo, nada havia notado. Apenas um vazio, um espaço que sempre me via bem quisto. A princípio, pensei que o anel estava em minha mão, Porém não! - percebi com espanto. Eu era invisível, sim, mas não por um anel, Era minha es
Eu queria falar com os animais, porque, falar com os homens está impossível. Ora ninguém me compreende, ora não compreendo ninguém; ninguém se entende. Está difícil! Eu queria viver sozinho numa caverna. Caverna produz eco. Só assim eu teria um bom diálogo. Com isso eu ia compreender e ser compreendido. Vivem-se agarrados ao passado, porém anseiam o futuro. Logo o presente é um momento esquartejado. De onde se tira tanto ânimo para vida? Duvido que não seja um antídoto contra o medo da morte. Na verdade nós temos medo é da vida. A morte é apenas uma ilusão, uma história que inventaram para frearem nossos impulsos e nos domarem com suas rédeas torturantes. -De onde vem tanta dor? -Vem do medo de se perder um mísero de segundo de felicidade. Felicidade essa, advinda da ausência da dor. -Amor existe? -Mas o que é amor? Defina-o e saberás. -O que é cólera? -Definindo o amor, entenderás a cólera. Não há nada mais irritante e desestimulante, do que uma imposição (óbvio)
Manhã cinzenta, clima londrino. Mas não importa. Seja lá ou no Rio, eu estava sendo apunhalado por uma canção, mas sentia compaixão. Eu seguia. Ia a qualquer lugar. Sem rumo, sem norte; sem Deus, sem lar; à própria sorte. Andorinhas voando, soltas no ar; de longe voltando, fugidas em par; órfãs de mãe e pai, Perdidas em meio ao concreto sujo. Em volta, tudo feio; nojento; caminhos, muitos se cruzam sob vento fedorento. Minha Cidade e Cor: angústia, medo. Vida incolor: dor logo cedo. Contudo, há beleza Notei na canção Ela que soava. Me acariciava. Ritmos e melodias, o coro dos enlutados e a letra mortuária; fria como o clima; - bucólico adro. Ó canto acappella! E lamentos. J unto ao soar do sino, acima da cama de cimento, aos pés da bela capela, de magnífico altar. Vivamente percebi, ao longe senti, ali, todos uníssonos, em seus goles de saliva imbricando-se - e o nó na garganta; as lágrimas rolavam como chumbo abalavam. O chão verde tremia. Sobre ele, pessoas, de preto, vestidas. De
Show
ResponderExcluirEm vejo flowers em vc !
ResponderExcluirEm vejo flowers em vc !
ResponderExcluirnota dez!!!
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