domingo, 4 de setembro de 2016

Ah o amor...

Há muito tempo, coisa de uns 3 anos atrás, estava eu vindo do trabalho, quando me deparei com dois adolescentes, estudantes, namorando próximo ao colégio. Logo me surgiu uma melodia, algo leve, sutil, vagaroso, em tom maior, ritmo bem espaçado, com intervalos aumentando gradativamente... Sons de violinos, violões e piano. Música clássica! Mas, inquieto, harmonizei, em meio a tudo, estas letras:

Quando a gente ama,
O calor do Sol é mais intenso;
O brilho das estrelas também;
Tanto faz um ano, ou uma semana;
(Mas basta um minuto com "alguém").
A noite, fica mais clara;
O ar mais puro se respira;
Tudo fica mais leve;
Simplesmente o tempo para.
 Não há para onde correr;
Não há como parado ficar;
Ter um amor para se viver;
Ter uma linda vida para amar;

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Uma história solitária

Não sei por que o brasileiro não lembra de sua história, de seu passado recente. Não lembra que há uns anos atrás vivíamos sob um sistema completamente austero, um regime opressor, nefasto (e isso desde 1500).

Tudo bem, àqueles que não viveram isso, claro, não têm como lembrar. Mas basta estudar um pouco, ler, se informar, ouvindo aos mais velhos, para se ter acesso ao que eu digo (Ao que a história diz).

Hoje ainda há muito reflexo, na sociedade, devido ao nosso recente passado. Isso é óbvio. Tem sociedades que são marcadas por seus passados, de milênios de anos. Então imagine a nós, brasileiros, que somos bebês ainda no quesito democracia, cultura, política? Nós estamos encontrando, ainda, nossa identidade. Ser brasileiro, somente por que a sociedade diz que você nasceu no Brasil. Isso é evidente! Isso é para você tirar 10 na provinha de história ou geografia. Mas por conta do nosso passado, os nosso ancestrais, nosso tataravós, como fica? Ou foram apagados, ou queimados em alguma fogueira da Santa Inquisição...?

Temos de mudar radicalmente nossa forma de pensar, de ser e de agir. Ainda há em nós, resquícios de uma escravidão, de uma ditadura, golpes, guerras, corrupções, e tudo mais que destrói a soberania de um estado, ou simplesmente que destrói uma pequena sociedade.

Pensemos no coletivo, pensemos que sozinhos não somos nada e que nem vamos a lugar algum. O ser humano precisa do ser humano. Pois desistir do próximo é, isolar-se, e afastando-se, implicitamente, é declarar guerra ao seu semelhante. Guerra, embate, disputa, apostas, azar, deixar a vida à própria sorte. Portanto, caminhemos juntos!

domingo, 24 de julho de 2016

E se...


E se você soubesse que:
Da escuridão, é oriunda a candura;
Tem um fim, o infinito;
O medo é mais forte que qualquer bravura;
Manso já foi, quem hoje é aflito.

As lágrimas estão ressecadas;
Só há expressões aterradas;

A quem interessa as nuvens, o céu azul?
Sendo que, onde se pisa, o chão é cinzento?
Pode-se caminhar de norte a sul...
Ignorando o algodão, exaltando o cimento.

E se você soubesse que:
A complexidade é cria do ócio;
O ócio é oriundo da soberba;
Tudo se torna um complicado negócio;
É difícil escolher entre direita e esquerda.

Nessas horas deve-se haver resiliência;
Saber lidar, aprender e ter paciência;

Não só de sangue se vivem as guerras;
Por um bem maior, lutemos!
Vamos abrir nossas portas e janelas;
Para o mundo saudável, sem venenos.







segunda-feira, 11 de julho de 2016

Nada somos sem nós mesmos


Devemos viver a igualdade.
Sem mais para uns,
Ou menos para outros.
Somos afins, necessitamo-nos.
Estamos emaranhados numa cadeia;
Precisamente de congênere energia.
Características, formas, sentimentos;
Paixões, raivas, vastos pensamentos.
Mas tudo isso é finito, limitado.
Não há quem possa ser excluso de tal firmamento.
Não há um paralelo, somos todos filiados.
Desde poeiras, insetos, herbívoros;
Feios, tolos, gentis e bonitos;
Desinstruídos, poetas, profetas...
Somos todos um só:
Dos átomos até enormes planetas.
Não devemos disso nos envergonhar:
Ter-nos quem nos igualar.
Somos parecidos, olhe bem...
Formamos um belo par.
Dois belos seres.
Dois, três, mil, um milhão;
Eu sou você, você sou eu;
Eu, tu, ele... União!
Somos todos iguais.
Você pensa? Eu também.
Você sorri? Isso faz bem.
Eu choro, eu vibro, eu lido, eu vivo!
Não há alguém diferente disso,
Estarmos juntos esse é o objetivo.
Perceba, desde que tudo fora criado!
Apesar do Universo se “expandir”,
Estamos sempre nos congregando;
Multiplicando, e se aproximando.
Nosso lugar é dentro do coração do próximo;
Assim como nosso coração a todos pertence;
Não devemos travar guerras, discórdia;
Pois não somos nós quem a vence.
Todos os seres, tudo que no espaço há,
Até aqueles qual não conseguimos enxergar:
Fazem parte de nós mesmos.
Tudo, todo, até o nada.
Somos também o vazio;
O começo, o impulso.
Também o escuro, a morte, o fim.


Tão simples...


Sintamos o Sol se por;
O desabrochar de uma flor;
Sejamos livres, respiremos vida;
Juntos tocaremos a plenitude do amor.

sábado, 9 de julho de 2016

Pétala Branca

Tudo que sobe, desce.
Tudo que brota, floresce.
É uma lei natural,
Ai daquele que a Esquece.


Há luz por ausência da escuridão?
Ou tudo é escuro por falta de luz?
Vermelho, é a cor do teu coração?
Ou seria a cor da tua cruz?


O amor há de vencer!
Pode-se esbravejar, enlouquecer;
Contudo, a sorte lhe conduz com perfeição;
Arrebatando tuas dores, com muito prazer.


Qual o motivo dessa tristeza?
Doe toda ela para mim, querida.
Exponha-me somente tua beleza,
Seja a pessoa mais feliz dessa vida.


Voe, tua mente é capaz!
Podes visitar Vênus e Plutão;
Ir para frente, para os lados e para trás;
Simplesmente ir ao céu, elevar-te desse chão.


Ouça tua voz, a que vem do coração.
Desfaça-se de toda inútil paixão.
Pense em ti, no quão valiosa és;
Brotas encanto, além de toda inspiração.


O Sol faz questão de, a ti, tocar,
A Lua de, a ti, banhar.
Tu és como a uma Deusa africana,
Que não me cansarei de louvar.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Uma crítica ao céu.



Pensando aqui...
O céu é uma merda.
De lá quero fugir.
Não tenho dúvidas de que o céu está cheio de conservadores;
fanáticos, fundamentalistas;
milionários, negociantes da fé, capitalistas;
homofóbicos, misóginos e xiítas.
Sem contar os católicos... Ah, os católicos! Os queridos cristãos.
Têm muita história pra contar desde a Santa Inquisição.
Há o pior, disso tudo: aqueles que tem uma pequena posse,
Mas se acham os donos do mundo. É dose!
Imagina aquele pessoal do espiritismo:
Me olhando torto, dizendo que estou com obsessor;
os fiéis mais protestantes, abençoados:
"Você é do mundo!"; "Em nome de Jesus, tá amarrado!".
Todos são belos, perfeitos,
Livres de qualquer pecado.

Quero não. Obrigado!
Tipo, sou pobre, fodido, do dinheiro contado.
Não tenho nada o que perder para Deus,
Realmente eu nunca irei para o céu. Que pena!
Mas vamos que eu ganhe na mega-sena:
E venha a investir nisso e a Ele agrade?
"Por favor! Dê-me um pedaço de Terra aí, Senhor! Estou pagando!"
Iria ao paraíso, ao Pai, louvando.
Na boa... Mas isso deve ser um porre!
Geral branco, de branco, num vasto campo,
músicas sem sentido, monótono canto;
muito fingimento, hipocrisia...
Fazem-se de santo pela manhã,
Mas à noite estão na orgia.
Bando de conservadores,
Crentes, pregadores!
Não se pode beber uma cachaça,
nem comer um "bifinho acebolado".
E lá, nada deve ser de graça!
Feijoada então... Coisa do Diabo!
Mas todos ficam louvando à Deus.
Por que? - Eu me pergunto.
Se no céu já estão ao lado d'Ele,
Para que ficar de assunto?
Tem mais o que fazer, o Criador;
Não irá, Ele, ficar mimando um pecador.
Mas o cidadão irá cobrar:


"O dízimo eu já paguei;
Ricas ofertas, fartura, nunca pequei;
Sem contar tudo o que já orei;
É mais do que justo, Deus, olhar para mim;

As escrituras dizem assim:
'Para ti há um pedaço do céu;
Cercado de glórias, virgens e anjos querubins...'
Pronto! Para isso que, ao céu, eu vim."

Realmente que besteira tudo isso,
que busca desenfreada por um mundo ideal?
Prefiro estar aqui no meu muquifo,
Nesta maravilhosa cidade infernal.
Pisar no chão, comer, beber,
dormir e transar sem gastar um real.
Oh! Vida, oh! céus...
"Vida e céu" não combinam,
devem ser consideradas algo paradoxal.
Deixe-me ir...
O falar em céu, já cansa por natureza;,
Além de ser muito difícil imaginar, por lá,
algo semelhante à razão, virtude e beleza.

ATUALIZAÇÃO BETA v.5.7.0: AGORA MEUS ELETRODOMÉSTICOS SÃO PÓS-ESTRUTURALISTAS

Dizem, os pós-estruturalistas , que a linguagem constrói a realidade. Isso é ótimo, exceto nos dias em que eu preferiria que minha realidade...