segunda-feira, 27 de abril de 2015

Nem o capeta...




A sociedade cruelmente se sufoca.
Conscientemente em suas próprias amarras.
E por muito menos se enforca,
Furiosamente mostrando suas garras.

Tudo agora é motivo para curtir.
Dificuldades em aceitar as diferenças.
Hoje é agradável compartilhar e oprimir,
Para amanhã estrangular as nossas crenças.

É muito fácil ao humilde desterrar,
E também àquela simples minoria orientada.
Com o furioso chicote a arrebatar,
Nos debulhamos em pavorosa gargalhada.

Aquele terrível a quem chamamos de capeta,
O prazer não mais encontra em nós,
Quer viver longe desse pavoroso planeta,
Das nossas amarras ele não desfaria os nós.

Não a romperia por extrema raiva ou por vingança,
Tem como seu maior medo o ser humano.
Quer a todo custo evitar essa aventurança,
Sabendo que o homem para a maldade é soberano.

Beijos...

Quentes, ardentes,
Penetrantes, envolventes.
Que nem o mais duro dos corações,
Iria deixar de sentir seu toque profundo.

Da fera indomável,
Ao domador incansável.
O coração responde,
Ao toque mágico dos teus tenros lábios.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Sei lá. Tanta coisa...


Queria que as pessoas fossem mais gentis.
Que ninguém tomasse conta de meu nariz.

Queria que as pessoas se respeitassem mais.
Desde um idoso até a indefesos animais.

Queria respirar ar puro, andar tranquilo na rua.
Queria poder levar, a quem precisa, carinho e atenção.

Queria com você pisar na Lua.
Queria sentir no meu peito o pulso do teu coração.

Queria, queria...

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Pedras




Mesmo as pedras no caminho
Com você, fui seguindo nossa prosa
Sempre tive o furor do teu carinho
Junto ao compasso da bossa nova

Encantado por sua voz dengosa
Me embriaguei no doce vinho
Fui colher a mais formosa rosa
E por ti deixei meu sangue no espinho

Meus pequenos passos junto aos teus
Reluziam na velha arguta estrada
Acompanhados por Deus
Admiramos o germinar da nova alvorada

Sempre ao olhar para o céu
Uma força viril me domina
E vejo espaças nuvens formarem o véu
Que tu sonhaste desde menina

Em tua nobre beleza
Se funde uma serenidade religiosa
Jus a mais perfeita natureza
És minha amada flor formosa

Sem ti não posso viver sozinho
De meu pensamento não sairás de verdade
Logo estaremos em nosso ninho
Lá repousaremos à eternidade

terça-feira, 7 de abril de 2015

Daqui a quatro anos...


Em 2018:

Teu cabelo estará maior,
Teu sorriso mais iluminado.
Terás uma companhia melhor,
De um grande amor ao teu lado.

 

Em 2018:

Triste estarei.
A copa irá para França.
Em um novo presidente votarei.
E terei você apenas na lembrança.


(Apesar de estarmos em 2015, estas palavras foram escritas em 2014).

ATUALIZAÇÃO BETA v.5.7.0: AGORA MEUS ELETRODOMÉSTICOS SÃO PÓS-ESTRUTURALISTAS

Dizem, os pós-estruturalistas , que a linguagem constrói a realidade. Isso é ótimo, exceto nos dias em que eu preferiria que minha realidade...