O Outono se foi
Outono, impunha-se um Sol resplandecente.
Céu límpido, explodia em azul bem nítido.
Brisa fresca nos abraçava envolvente.
Andorinhas voavam perto do ninho.
Do céu a noite a se notar
as lágrimas das estrelas;
A Lua mais perto a brilhar,
do beijo se expondo mais bela.
Contudo, nada mais adianta,
ó, Outono! Tudo arde.
Joguem fora suas mantas!
A brasa vai embora tarde.
Ora o verão, ora o inverno.
À sombra, o céu,
fora dela, o inferno.
O caos lá fora, e nós ao léu.
Nos áureos tempos, havia Outono
Hoje, somente nos calendários.
Pois, ou se está o verão no trono,
ou o inverno em solo mortuário.
Hoje, não temos controle.
Por sorte, sobre o passado temos um norte.
Não é saudosismo frugal.
Foi-se uma época descomunal.
Havia-se maior ensejo
com a bela estação autunal.
O tempo, eterno presente.
Nós que mudamos, envelhecemos.
O tempo fica, não vai adiante.
Nós que partimos, perecemos.
O Outono sempre será.
O inverno, o verão…
Nós temos que mudar
e respeitar cada estação.
Portanto, antes de partir
olhe para cima.
Reflita-se sobre um espelho d’água.
Perceba-se neste atual clima
e não deixe a natureza com mágoa.
Impecável seu letramento
ResponderExcluirSIMONE, passando aqui
Acertou em cheio sobre as mudanças da natureza, não por querer dela, mas por imposição dos malefícios humanos.
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