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Mostrando postagens de junho, 2019

Corpus Christi

Boa intenção, caridade Respeito, gesto fraterno Alegria e amabilidade Isso tudo há no inferno Pensamos no mal e no bem Esquecemo-nos do primeiro De atitudes que vão além Se o bem mudasse algo Do Senhor viveríamos ao lado Porém nem fingindo inocência Dor, ou qualquer amor Não conseguimos enganar: Primeiro, a nós mesmos Segundo, ao Criador Terceiro, por fim, o destruidor Não se engana a Deus, nem ao diabo! Ser humano imundo, coitado Verme consumidor Onde pisa corrói, distorce Juntos, sociedade Unidos, atrocidades Mentiras viram verdades As verdades, de fato, são escondidas em atos Ato falho E o desejo inato De corromper-se Deixar-se levar facilmente Lutando uns contra os outros Contra vizinhos, parentes Por terra, lama, lixo Grama, grana, luxo Ser humano… Verme, praga, câncer… Doença maligna Imune a cura É falha qualquer tentativa Solução falida Nem com intervenção divina Porque o inferno é aqui Deus

O inverno não tira férias

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O uivar dos ventos chega a ensurdecer É frio, e este atravessa os limites do corpo Tocam as folhas, arrancando-as dos galhos Violenta tempestade, esconderá o amanhecer Parece não ter fim o sopro voraz da natureza Também não anseio o alvorecer, A luz… Um novo amanhã não basta Prefiro a noite calma, a silenciosa madrugada Esta torna melhor os meus sentidos Em meio à escuridão, acende a chama interior e manifesta A tudo ouço e vejo, mesmo o coração partido Milhões de sensações vão além Lembranças explodem, melhores até de quando as vivi Elas vão e vem, como o vento e as folhas esvoaçadas Da rústica janela de minha casa a tudo aprecio Ora com medo, ora com bravura Ainda não tão escuro, à luz da Lua Brota a síntese destes opostos Esta loucura ante a um belo quadro natural Vivo, surreal, do qual me encanto, me espanto E não me canso de olhar Horas que não passam, perduram Semelhantes a um emocionante longa metragem Que a gente torce para qu