Sentir na carne

A sociedade está doente
Desde a cabeça até os pés
Há feridos, moribundos e carentes
Tomam desde Rivotril até Dorflex

A longo prazo quimioterapia se faz
Consumindo remédios, fumaça e alimentos
O podre e vil, no corpo jaz
E mais incrível é o seu contentamento

Ácido, monóxido, sódio e até papelão
Morfina, cocaína, dopamina, glúten, zarcão
A sociedade crê estar saudável
pois é... Mas só que não

Nao é só a carne, refrigerante ou cigarro
Há um distúrbio em tudo, é claro
Ovos, frutas, verduras e legumes também
possuem veneno, agrotóxicos e até catarro

Uma dupla domina as mentes:
A mídia aliada à cultura industrial
Estão nas sepulturas​ presentes
dos que carne consome ou vegetal

Consumir carnes, ovos, verduras ou legumes
O fator sociocultural deve ser lembrado
Pratos cheios​ ricos e pobres pratos sem volume
Há quem diga, em Hollywood ou no “rato molhado"

Até a água vem a ameaçar
Bebe-se coliformes, “volume morto”
O pior de tudo, “tem que pagar”
milhares de contas, imposto…

Sociedade dos mortos-vivos
Ela acha que vivem bem
A cada garfada, vida em perigo
E em cada gole também

Não tem para onde fugir
A indústria estará onde a sociedade estiver
Não terá da vida nenhum elixir
Salve-se quem grana tiver

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