Eu queria falar com os animais, porque, falar com os homens está impossível. Ora ninguém me compreende, ora não compreendo ninguém; ninguém se entende. Está difícil! Eu queria viver sozinho numa caverna. Caverna produz eco. Só assim eu teria um bom diálogo. Com isso eu ia compreender e ser compreendido. Vivem-se agarrados ao passado, porém anseiam o futuro. Logo o presente é um momento esquartejado. De onde se tira tanto ânimo para vida? Duvido que não seja um antídoto contra o medo da morte. Na verdade nós temos medo é da vida. A morte é apenas uma ilusão, uma história que inventaram para frearem nossos impulsos e nos domarem com suas rédeas torturantes. -De onde vem tanta dor? -Vem do medo de se perder um mísero de segundo de felicidade. Felicidade essa, advinda da ausência da dor. -Amor existe? -Mas o que é amor? Defina-o e saberás. -O que é cólera? -Definindo o amor, entenderás a cólera. Não há nada mais irritante e desestimulante, do que uma imposição (óbvio)
Ele parece feliz, sabe fingir. Felicidade é categoria máxima que alguém pode sentir. Apenas um predicado, que vem numa caixa. Lá está! Tão só em meio a um lugar repleto de gente Cheio de tantas colocações, cheio de si, de emoções, que a si mesmo nem sente. Vai ele… Perdido em caminho reto. Vive escorado em muletas; confunde céu com teto. Desfila em sua categoria perfeita. Belo dia, um espelho. Encarou-se de repente. Pensou num conselho. E o fez a si carente: Amigo eu, meu íntimo, Exponha-te, apareça! Cadê o você legítimo? Surja, antes que eu me esqueça. A ti não vejo, meu eu. Por que não te refletes? Não és um espelho meu? Queres uma prece? Seria isto um espelho? Por que esta vastidão? Não queres meu conselho? És uma quimera, ilusão? Medo eu não tenho, portanto. Sinto que agora me encontrei. Olhei para meu ser de pronto, assim que das facetas larguei. Agora me noto, acordei do sono. Sou o númeno, não mais fenômeno. O mundo é real. Tudo é aqui. Eu sou aqui. Eu sou real. Sou único, sou d
Ontem eu estava sem vida Corpo opaco ocupando lugar Esperançoso rumo a partida Para longe do sistema solar. Porém hoje eu te conheci, amor A plenitude, vizinha da paixão Meu coração pulsa com ardor Vida que apequena a imensidão. Brilho teu imenso que faz cegar Ébrio fico junto ao teu sorriso És um universo belo a explorar. Eternizei-me em teu abrigo Seio da paixão, meu doce lar Onde tudo agora faz sentido.
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