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As vezes, eu.

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Grandes nuvens carregadas: Este é o meu pensamento Chuva, muito vento, trovoada Cada gota um arrependimento Um peso enorme cai do céu Porém limpo, pequeno e transparente Me cobre como um pesado véu Pingos me ferem conscientemente O passado não volta mais Também parar lá não queria O que fiz a mim, aos meus, aos animais São coisas que novamente não faria Eu não sou Santo Diabo também não Para eles apenas canto Sacro, profano ou pagão Isso não me atormenta Também não me deixa feliz Sou mesmo “oito ou oitenta” Sou réu, sou juiz Sei das minhas penas Sei dos meus méritos Pago o que devo apenas Se me devem não faço inquérito O hoje é o meu eterno amanhã Se eu pudesse nem dormia Ficava deitado no divã Brincando com a psicologia O que passou, passou E do futuro não quero saber Hoje sou o que sou Estou aqui para todos ver

É... Madrugada.

E àquela madrugada que acordei As cordas do meu violão ainda vibravam Talvez por que com você eu sonhei Ou se mãos invisíveis o tocaram Um aroma de gardênia inconfundível Uma brisa solta a passar por mim Meu corpo estava bem sensível Vi meu quarto como um lindo jardim Minhas dúvidas me ensinam Mostrar sabedoria demais só subtrai Quanto mais observo mais leve fico Dizer que sou sábio demais o corpo cai Penso o mal, o som se distorce Penso o bem, violinos se despem Maus pensamentos, até às flores contorcem Aos bons sentimentos, à natureza obedece Quero atraí-la; essa hora, longe estás Penso voar; até a ti ir atrás Não me importo com o caminho a percorrer Do sonho que sonhei, acordar não quero mais

Malum

A SOCIEDADE DOENTE ESTÁ . DECADENTE, INDECENTE, NÃO QUER PARAR... O DESCONTROLADO USO DO FAMOSO "RIVOTRIL", EQUIPARA-SE AO DO "MELHORAL INFANTIL"; EM QUANTIDADE, ÀS MAIS DIVERSAS NECESSIDADES. É VERDADE! A SOCIEDADE PERECE. JÁ ERA MANO! DEITA AI E ADORMECE. NÃO QUEIRA NUNCA MAIS ACORDAR. NEM O SOL HÁ MAIS DE RAIAR. VIVEREMOS EM COMPLETA ESCURIDÃO. UNS DE BERMUDA, OUTROS DE TERNO; MAS DE MÃOS DADAS, NA MAIS PERFEITA UNIÃO, CANTAREMOS HINOS NO INFERNO.

Quem é o inimigo?

O ser humano necessita de um culpado Temos que condenar um coitado Tem que haver um culpado para tudo no mundo A quem vamos pegar? O playboy ou o vagabundo? Essa é a nova e viciante droga “Pega um pra Cristo” e joga na roda É como uma necessidade Como se fosse um ato de caridade “Preciso culpar algum coitadinho” “Alguém tem de pagar! Quero justiça!” “O meu achocolatado veio sem canudinho” “Tem-se que culpar alguém, mesmo com injustiça” “Gente, vamos culpar alguém!” “Isso não pode ficar assim” “Quero justiça também” “Mesmo que para você seja ruim” Dessa forma as coisas vão evoluindo Inocentes tornar-se-ão culpados Satisfazendo prazeres, de porcos fingidos Da elite, carregada de sentimento amaldiçoado Seria a alta sociedade a culpada? A elite, os verdadeiros criminosos? Vivendo nos condomínio, escoltados Comemorando linchamentos odiosos Qual bandido tu defendes?

...E como um raio que corta os céus: o arquétipo feminino da guerra.

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Brilha lá no Orum, Uma luz que nos fomenta, Seus ventos tocam um por um, Nos acompanham nas tristes tormentas; Cuida também daqueles que já se foram, Conhece os caminhos obscuros, Resgata aqueles que imploram, Livra-os também do infortúnio; Ela é a própria tempestade, Que sucede os ventos quentes. Nunca deixa nada pela metade, Vive intensamente paixões ardentes; Desejada por mitológicos guerreiros; Simples mortais a louvam com clamor. Se desdobra, vira águia e até cordeiro, Ela é a menina dos olhos do Criador; Mas também guerreira é, Brande sua espada com ira. Sensual, uma linda mulher, Rara, é forte e bela como uma safira; Onde estivermos, escutaremos sua saudação: Entoá-la com respeito e admiração, é lei. Impactante como uma forte explosão, Tão majestoso soa, quando se brada “Eparrey”; Raio, trovão, a tempestade; Santa Barbara, Iansã, Oyá. Rainha que nunca perde a majestade, A mais linda guerreira yabá.

Mais ou menos surreal.

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Um belo dia, Numa noite fria, Acordei do nada; Me dei conta, era madrugada. A Lua iluminava o quarto, Pela janela, refletia no tapete. Sua luz, em um grande quadrado, No chão formado, de cor branca, Trazia monstros e o cacete. Não me contive e pulei; Naquele desenho no chão, Me joguei. Entrei no mundo surreal; Tinha de tudo! Desde um monstro velho, A um Vampiro bem legal. O monstro, rabugento, não parava de falar, O vampiro, coitado, tentava o calar. Dizia coisas sem nexo. Tentando fazer rimas. Era uma língua incompreensível, Parecia mandarim, da China. Eu perguntei ao conde Vampiro: “O que esse monstro diz, não entendo?” O vamp respondeu: “Sei lá, também não o compreendo!" “Quer saber,   vamp ,   vam bora ?" "Vamos tomar uns   vinho   por ai...”; “Só tomo laranja com acerola” - respondeu o conde. Que olhou pra bem longe, Virou pombo, bateu asas e partiu. Perguntei: “onde vais?” “Pra puta que o pariu!”

O elo contra o duelo.

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Não sei por que o brasileiro não lembra de sua história; De seu passado recente, de algumas glórias... Não lembram que há uns anos vivíamos sob um sistema austero, completamente? Um regime opressor, nefasto, um poder doente? Tudo bem, àqueles que não viveram isso, claro, não têm como lembrar. Mas basta estudar um pouco, ler, se informar; Ouçam os mais velhos! Leiam bastante: desde Marx aos Evangelhos. Hoje ainda há muito reflexo, na sociedade, devido ao nosso recente passado; Vidas e momentos que foram enterrados. Antigas sociedades estão marcadas por seus passados, de milênios de anos. E nós, brasileiros, que somos bebês ainda no quesito democracia, cultura e direitos humanos? Nós estamos encontrando, ainda, nossa identidade. Se achas brasileiro, somente por que, diz a sociedade? Ser brasileiro é muito mais que isso, camarada; É viver liberto de qualquer amarra. E o nosso passado, nossos ancestrais, nossos irmãos? Foram apagados ou