As vezes, eu.
Grandes nuvens carregadas: Este é o meu pensamento Chuva, muito vento, trovoada Cada gota um arrependimento Um peso enorme cai do céu Porém limpo, pequeno e transparente Me cobre como um pesado véu Pingos me ferem conscientemente O passado não volta mais Também parar lá não queria O que fiz a mim, aos meus, aos animais São coisas que novamente não faria Eu não sou Santo Diabo também não Para eles apenas canto Sacro, profano ou pagão Isso não me atormenta Também não me deixa feliz Sou mesmo “oito ou oitenta” Sou réu, sou juiz Sei das minhas penas Sei dos meus méritos Pago o que devo apenas Se me devem não faço inquérito O hoje é o meu eterno amanhã Se eu pudesse nem dormia Ficava deitado no divã Brincando com a psicologia O que passou, passou E do futuro não quero saber Hoje sou o que sou Estou aqui para todos ver