segunda-feira, 21 de setembro de 2015

És marcante


A mais linda do universo é ela.
O sangue é nobre; a cor, negra.
Rainha da Africa, a mais linda donzela.
Olorum fez-lha toda rica em beleza.


No Aiê, vive na terra da garoa,
Mulher, apaixonada e também guerreira.
Teus sonhos são como aves que voam,
Divertindo-nos com ingênuas brincadeiras.


Em meio aos cinzentos concretos,
Sutilmente, distribui belas cores e leva riqueza.
Briga contra os inimigos certos,
Pobres, que zombam de sua beleza.


Sua doce voz, sinto enorme prazer,
Com ela, fico horas a finco no telefone.
Sem ela sinto saudades "de morrer",
Toda vez que ela some.


Negra linda! Tão doce, tão fera,
Tem um abraço e beijos gostosos.
Parece poesia dos sambas da Portela,
Encantam-me suas mãos e jeitos manhosos.


Ela vive também em meus sonhos.
Sua beleza interior e seus contos risonhos.
Desejo tê-la, por ela ser abraçado,
E ter minha vida e sentimentos encantados.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Ódio não!


Em relação ao ódio, confesso que:
Não sei seu formato;
Nem sua grandeza;
Nem esperteza possuo,
Para decifrar tamanha estranheza.

Não sou nenhum santo, disso eu sei:
Mas quando ajo irracionalmente,
Ao menos digo: "sei que errei".
Logo recorro a uma oração.
E torno a entoar:
"Crux sacra sit mihi lux;
Non draco sit mihi dux;
Vade Retro satana".

Ainda tem ódio que persiste,
Resiste!
E se diz: nada vai mudar.
Isso é muito triste...
(ou revoltante?)
Não sei, doravante,
Nada será como antes?

Na crença ou não, tentarei mudar.
Irei Lutar!
Caminharei, normalmente,
Como uma serpente,
Lentamente, rastejando-se pelo chão.
Sou frágil, bobo e pequeno,
Mas não queira provar meu amargo veneno.

Ódio, eu?
Jamais! Apenas faço. E digo mais:
"Sou da paz".
Hipocrisia? Ah... Sorria!
Falso, seremos algum dia.

Quem sou eu? Quem eu sou?
O pobre cordeiro?
Ou o lobo enganador?
Sonso ou honesto?
(muitos dizem que não presto).

Isso me corrói os nervos.

Despedaço todos os trevos.
Flores, rosas e plantas.
Não chego aos pés de uma anta.
Ao menos eu disfarço digo:
"Sou da paz".
Isso já me livra e me consola,

De qualquer atitude audaz.
Quer mais?
Pois bem. Lhes digo sem dúvidas:
Do ódio, eu fingir desconhecer...
Feliz e contente passo a viver.
Disfarçando minha vida, nobre vida.
A cada amanhecer, em cada parecer.
Em cada partida e cada chegada.
(depois de muitas "burradas").

Só eu sei quão é o prazer,

(mesmo que eu não queria dizer),
Fingir desconhecer algo tão temeroso:
O ódio, esse sentimento pavoroso.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Negra mãe


Eu vi você correndo na beira do rio.
Eu pude ver nos braços da mãe o menino.
Queria ser naquele colo o seu filho.
Oriundo da beleza e magia...

Você cantou, bailou as ondas de Iemanjá.
Você soprou meu medo para beira mar.
E iluminou caminhos, estrelas e luar.
Fez brilhar um novo Sol, amanhecer...



(Letra e melodia: Silvio Luiz)

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Lado Escuro da Lua


O lado escuro da Lua para mim se voltou.
Pétalas se despedaçam; rosas ficam nuas.
Na pele, marcas; algo me cortou.
Mesmo assim minha pobre vida continua.

O silêncio me afoga agora.
Não posso reclamar, só aceitar.
Minha vida não é de se jogar fora,
Mas minha atitude é de lastimar.

Muito já caminhei, sobre esta terra nefasta.
Já corri, busquei; já fugi, perambulei.
O implacável tempo não passa,
Do meu inferno em particular, rei eu me tornei.

Não passo um dia que eu não pense em vingança.
É inglório tal sentimento, eu sei.
Mas não vão tirar de mim a lembrança.
Dos belos dias em que sonhei.

Eram desejos simples que todo homem tem.
Amar, ser amado, cuidar e ser lembrado.
Mas me apunhalaram, me lançaram além.
Tão longe de tudo, no escuro estou fadado.

O vento sopra forte, uiva aos meus ouvidos.
Folhas secas voam; galhos violentamente quebram.
O ceu está cinzento, muito medo eu sinto.
É um longo campo vazio, onde muitos se desesperam.

Quem é vivo sempre deixa rastros.
A divina luz irá me encontrar.
Largarei dessa vida nos sombrios pastos.
Para o meu coração tornar a pulsar.

Lua escura, Lua fria.
Olhe para mim, sorria!

Ilumine-me intensamente.
Por ti choro torrencialmente.

De alegria, correm minhas puras lágrimas.
Onde a sinceridade e o amor venceram as lástimas.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Dourada Negra



Linda, serena, minha flor perfumada.
Meiga, tens a beleza do jasmim.

Sua cor pura se destaca,
Me enche de orgulho tê-la em meu jardim.

Teu olhar brilha como as estrelas no céu.
Teu corpo negro, sedoso, tem sabor de mel.

É tão bom lhe apreciar,
Teu sorriso de menina e esse doce olhar.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A tigresa


Você me despertou.
Da embriaguez, solidão e dor.

Só eu sei pelo que passei.
Ainda lembro a luz quando acordei.

Você me salvou.
Das trevas, terror.
Hoje sou o teu maior protetor.

Faria tudo outra vez.
Para ter teu carinho, amor.
Os meus sonhos foi você quem fez.
Me tornou puro, livre da dor.

Você minha flor...
Do mais puro olor.
Sou completo pois tenho teu amor.

(Letra e melodia: Silvio Luiz)

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Sonho, realidade...


Amor, vou te contar...
Eu tive um sonho mágico.
Pode acreditar!
Porém foi simples, nada alegórico.

Primeiro sonhei acordado,
Com você delicadamente ao meu lado.

Tu estavas deitada sobre meu peito.
Como uma linda donzela em seu leito.

Nós dois abraçados, bem juntinhos.
E eu, em você, fazendo carinho.

Depois peguei no sono de vez.
Com você sonhei outra vez.

Tive de ti uma bela imagem:
Mulher, maturidade; 
pacífica, coragem.
São algumas das tuas nobres qualidades.

Fui tocado por teu carisma.
Adoro você com tua cisma.

Conduzes meus sonhos de modo elegante.
Toda vez quando fecho meus olhos, me leva bem distante.

ATUALIZAÇÃO BETA v.5.7.0: AGORA MEUS ELETRODOMÉSTICOS SÃO PÓS-ESTRUTURALISTAS

Dizem, os pós-estruturalistas , que a linguagem constrói a realidade. Isso é ótimo, exceto nos dias em que eu preferiria que minha realidade...