quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O anjo caído




Hoje eu falhei.
Sei que errei.

Coisa que não se rouba, roubei.
Nem isso faria um bandido, eu sei.

Não foi dinheiro ou bens.
Foi muito mais do que um nobre homem tem.

Assim como a pesada chuva que cai,
Meu duro coração se esvai.

Em meio às ensurdecedoras trovoadas,
Minha pobre consciência pesa toneladas.

A vontade de agora sumir,
Mescla-se com o tenro anseio de me punir.

Tamanha vergonha me arrebata de frente,
Quão a força de um violento raio estridente.

Sumiço, ilusão, remorso, punição,
Derramarei meu sangue em prol de minha evolução.

Vou me arrastar ao infinito,
Rumo ao meu perdão.
Só voltarei quando erudito,
Bem mais sereno. Um ancião.

Remissão, virtude,
Cura, salvação.
Como a felicidade de um adolescente,
Perante uma paixão.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Infinitamente purgatório



A dor, se adentra em meu ser
(É difícil de dizer)
Profundamente, é capaz
De à claridade, escurecer
De à felicidade, perecer
Do doce aroma, apodrecer
De meu sorriso, o entristecer
Da vida, morrer
Não quero mais respirar a dor
Não quero mais o sentir o amor
Meu universo é pavor
Tristeza solidão e dor
Mergulhei no negro tempo infinito
Até minha ilusão foi perdida
Jogado no espaço estou
Sem nenhuma esperança de vida

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Falha na página




Estive excluindo alguns comentários da página, devido a um erro do blog que duplica e até triplica o envio. Parece estranha a exclusão, mas é um "bug" no site. Com isso não irei apagar mais os duplicados. 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Insanamente normal




A insanidade acompanha a sociedade,
Com tamanha intensidade,
Que se tornou um habito ser louco.

É tão comum que, pensando bem,
Acho que o sou também.
Ou não? Não sei...

Seria eu, o diferente nesse mundo?
Medo, tenho eu, de ser o único correto.
Medo... Isso já me traduz a fundo:
Vivendo o personagem de um agente secreto.

Não, louco não!
Todos os demais o são.
Mas eu não!

Agora vou ser franco e direto.
Belos dias fico sem chão, sem teto.
Ora timidamente discreto.
Ora incansavelmente inquieto.

Culpo a sociedade de loucura,
Mas me excluo dessa ventura.
Hoje vejo que não faço parte dessa cultura.
Fazendo a mim mesmo essa covarde tortura.

Sim, louco sim!
Todos os demais não.
Mas eu sim.

Cada vez que penso ser são,
louco, mais me torno.
Cada vez que me acho insano,
Mais fico coberto de razão.

Se existe cura para insanidade,
Devemos reconhecê-la, torná-la viva.
Não temer de com ela cingir uma amizade,
E trazermos coisas admiráveis para nossa vida.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Dois em um



"Sinto muito a falta dela
Das noites que caminhávamos juntos
De onde saiam as palavras mais belas
Ela foi a minha cinderela

E nosso romance de cinema mudo
Faço de tudo por você eu juro
De onde saiam os sonhos mais belos
Fazer amor em nosso castelo

Dos dias quentes, no mar agitado
Entre rosas e champanhe gelado
Teu olhar e a tua voz
Um universo excitado em nós

Inspiração que é esta canção
O canto da sereia que guia minha embarcação

Não foge não, não!
Encoste no meu corpo e não fuja de nossa paixão...
Que nasceu."

(por Silvio Luiz, Erich Weichman e Henrique Gripp)

Apolítica

Um ato de violência política não revela apenas um crime de uma ação isolada. Ele expõe a fragilidade de nossas crenças políticas. Depois dos...