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Mostrando postagens de outubro, 2020

Vou chamá-la de Yaripo

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Uma índia Yanomami; peito aberto, pés na terra úmida ambiente aromático devido às plantas que a circundava e com ela caminhava uma jovem puma;  A forte chuva que levantava o cheiro da Terra,  os cantos dos pássaros e diversos animais com suas vozes, desde lentos insetos à felinos velozes;  Toda a floresta amazônica abraçava a bela nativa,  pele rubra, cabelos negros, em meio à grandeza titânica do verde amazônico, sem ela não haveria vida; Caminhos, abertos; floresta densa, a mata é “fechada”, mas de coração, o espírito da mata atlântica abre a trilha para a solitária índia e suas firmes passadas; As folhas, algumas que chegavam ao dobro de seu tamanho, à índia, saíam canções sobre seus antepassados, suas glórias, sua rica cultura e seus costumes sem nenhum acanho;  Diferentes sons instrumentavam a ode da flora: as aves, uma composição, timbres notáveis, transcorriam pela amazônia adentro; suas notas iam além das diferenças entre agudos e graves; O Sol, ora surgia, ora se escondia na

Filosofem

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O coração ainda pulsa Parece vivo estar Na cabeça toda culpa De esta vida deixar Não é a dor que dói Nem é a indigestão É o que o ócio constrói ao caminhar na contramão Venha tempestade Cubra toda a vista, vossa majestade Altivez sinistra Dona da maldade Vontade bem quista

Don't Cry

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Não chore hoje Deixe isso para amanhã E quando chegar o amanhã Fale “não chore hoje” Não tem gosto, mas tem cheiro Após o desejo, desespero Cai a penumbra, perdição Agora vem o fel, aflição O cheiro se foi, o gosto fica Uma potência sinistra O sentido se multiplica e com ele uma luz à vista A luz pisca, deitada estás Uma límpida cama que voa Pessoas com máscaras correm atrás "Prometa Zina? Puxe-a pela proa" O corredor vai afunilando As fortes luzes vão piscando descompassadas, apagando-se do jeito que vais entregando-se Aquele cheiro reaparece A vontade também Mas é tarde - me parece Já estás chorando no além