Mãe cujos filhos são como peixes


Mãe, grande Mãe,
Acima do bem e do mal.
Rainha do mar.
Ingênua, serena e calma.
Mas, quando se enfurece,
Suas ondas vêm da alma.
A Terra toda estremece.
Um espetáculo ímpar
são seus cabelos,
longos e esplendorosos. 
Crescem sem parar.
Vaidade, sedução e encanto:
Sereia que, a noite, em alto mar,
Entoa os mais belos cantos
Aos pescadores atrai-lhes a atenção.
Leva-os ao fascínio e perdição.
Em bela noite escura, 
Negra como África
O luar, como escultura,
Na mais completa solidão,
Num lindo gesto materno,
Ela os acolhe em seu seio.
Dando lhes carinho e atenção.
É o ser mais belo que Deus tem em sua criação.
Dia dois de Fevereiro, dia de Iemanjá!
Dia dos filhos, em devoção e fé,
Lançarem flores no mar.
Num rito sagrado, da Umbanda e Candomblé,
Todos remando na mesma maré,
Clamam a proteção, para o mal os afastar,
Salve Odoyá!



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