Mãe, grande Mãe,
Acima do bem, acima do mal
Rainha do mar
Ingênua, serena e calma
Mas, quando se enfurece
Suas ondas vêm da alma 
Num espetáculo ímpar que ao chão estremece
Seus longos e esplendorosos cabelos crescem sem parar
Vaidade, encanto, sedução
Sereia, que a noite, em alto mar, canta a mais bela canção
Aos pescadores atrai-lhes a atenção
Leva-os ao fascínio e perdição
Em noite escura, apenas o luar e a mais completa solidão
Num lindo gesto materno
Ela os acolhe em seu seio
Dando lhes carinho e atenção
É o ser mais belo que Deus tem em sua criação
Dia 15 de agosto, dia de Iemanjá
Dia dos filhos, em um lindo gesto, lançarem flores no mar
E pedir sua proteção, para o mal nos afastar

Odoyá!


Iemanjá é um orixá feminino (divindade da mitologia africana) das religiões Candomblé. O seu nome tem origem nos termos do idioma Yorubá “Yèyé omo ejá”, que significam “Mãe cujos filhos são como peixes”. (Apesar de eu ser pisciano, não tem nada a ver o fato de eu ser "filho" de Iemanjá). Na religião Candomblé isso é descoberto com o tempo, com preparo, fundamentos, etc...

Mãe-d'água dos Iorubatanos no Daomé, de orixá fluvial africano passou a marítimo no Norte do Brasil.

No Brasil, a deusa Iemanjá recebe diferentes nomes, dentre eles: Dandalunda, Inaé, Ísis, Janaína, Marabô, Maria, Mucunã, Princesa de Aiocá, Princesa do Mar, Rainha do Mar, Sereia do Mar, etc.

Iemanjá é a padroeira dos pescadores. É ela quem decide o destino de todos aqueles que entram no mar.

No dia 2 de fevereiro acontece em Salvador, capital do Estado da Bahia, a maior festa popular dedicada a Iemanjá. Neste dia, milhares de pessoas trajadas de branco fazem uma procissão até ao templo de Iemanjá, localizado na praia do Rio Vermelho, onde deixam os presentes que vão encher os barcos que os levam para o mar.

No Rio de Janeiro as festas em honra de Iemanjá estão relacionadas com a passagem de ano.

Nos candomblés fiéis às origens africanas, o culto é prestado em locais fechados, nos atuais o culto é ao ar livre, prestado no mar e nas lagoas, sendo Iemanjá muitas vezes representada como sereia.

Os devotos levam para o mar vários presentes que são tidos como recusados quando não afundam ou quando são devolvidos à praia.

Dentre as diversas oferendas para a bela e vaidosa deusa, encontram-se flores, bijuterias, vidros de perfumes, sabonetes, espelhos e comidas. O ritual se repete em outras praias do Brasil.

As celebrações em homenagem a Iemanjá também acontecem em 15 de agosto, 8 de dezembro e 31 de dezembro.

No sincretismo religioso, Iemanjá corresponde a Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O minúsculo poder

Ou como se filosofa com uma agulha

É assim que tem que ser?