Eu torno a vida muito complicada...
Na psicanálise, em consulta, recebi um choque de realidade. Esse confronto, que tive de mim mesmo, do meu “eu” para comigo, foi tão grande, que, ao descobrir que EU era o “problema” (e ainda o sou) fiquei mais deprimido que no primeiro dia. Ou seja, fui me tratar e fiquei mais doente. O que pensar de um remédio que, ao invés de curar, adoece? Contudo, a vida segue. Mas a consulta, deixou-me um legado: a ciência do pessimismo. É uma dialética entre favorável x desfavorável. As vezes é bom ser otimista. Sim, só às vezes. Porque, quando o pessimismo está com a razão, e o otimismo cai… É uma queda violenta e dolorosa! Dói mais que a “pancada” advinda da frustração, quando se descobre que se é pessimista. Prefiro ser feliz e pessimista a ser um otimista iludido, cheio de dores. Quase nunca o otimismo é o guião da minha vida. Basta seguí-lo para me frustrar. Por isso, para qualquer situação, “entro logo com pé atrás”. Desconfiado. Visto que, otimismo demais, o mundo conspira contra.