terça-feira, 19 de abril de 2016

Cuidado! O coração.


Cuidado! Frágil ele é.
Aparentemente parece feito de pedra.
Só que ainda pulsa, emociona-se, tem fé.
Mas é como cristal, facilmente se quebra.

 Por outrem é fácil perder a noção.
Por uma paixão, deixar ser levado.
Do peito arrancar seu coração,
E doá-lo sem que ele seja notado.

Pode ser comparado às flores,
De tez macia, de rubras cores.

Pétalas de rosa, tão leves e sutis.
Se soprar, voam, como sonho infantis.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Seus olhos, o luar.




Estás chorando?
É por que teus olhos estão brilhando.
Achei que fossem lágrimas.
Mas é natural. Estou sem palavras.

Simplesmente, posso lhe afirmar:
É lindo o teu olhar.

Há uma luz viva, cintilante.
Despertas encanto, emocionante!

É um brilho igual ao da Lua.
Daquelas de noites de lua-cheia.
Ilumina todo o campo, e toda a rua,
E no mar induz ao canto à sereia.

O Sol sente prazer em lhe iluminar.
Despeja raios em ti com perfeita harmonia.
É um encontro de se apaixonar,
Num eclipse junta a noite com o dia.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Fiel, triste fiel


Adore, abuse, seja!
Não se esqueça do seu amigo aí;
Tudo o que precisares,
Tudo mesmo, ele fará por ti.

Dizes que ele é bom.
Que não tem noção de quanto.
Ele sabe que a si mesmo não.
Quando triste sozinho num canto.

Ele gosta quando tu o fazes sorrir.
Mas sempre reclama da própria auto-estima.
Seu mundo, nenhum lápis de cor irá colorir.
Talvez nada lhe puxe para cima.

Mas conte com seu amigo,
Por ti buscará forças titânicas.
Nas horas de maior perigo,
Por ti lutará até contra forças satânicas.

Qual caminho trilhar


Comigo, não se preocupe.
Deixe-me trilhar sozinho.
Por favor, me desculpe,
Sou o dono do meu mundinho.

Olha... Não estou apaixonado;
E também não estou querendo me matar;
Apenas escrevo como num ditado,
Com prazer, sem esforço, sem me cansar.

Sabiamente irei atravessar os rios da vida,
Seja a pé ou a nado; muito ou pouco.
Não me siga, meu querido, minha querida,
Pois não quero ficar ouvindo: você é louco!

Quem caminha aprecia melhor;
Quem se apressa, só vê o pior;
Me esforço muito para não correr,
A fim de não ver sangue, e sim suor.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Do Lindo Lago Sul


De sorriso doce a um olhar penetrante
De um jeito simples a um perfil marcante

Do que qualquer nascente ela é mais pura
Sua alma cristalina se faz presente
A majestosa natureza repleta de candura
Mas fica brava quando a chamo de carente

Ela me deixa sem palavras, me excita
Meu coração vibra, do ritmo ele se perde
Tudo em meu corpo se agita
Meu pensamento fica inerte

Ela tem mania de fazer eu me apaixonar
Facilmente faz meu pensamento voar

Comigo, imaginá-la nos melhores momentos
Me faz feliz, com isso me contento

À ela não encontro mais adjetivos
Para tudo o que eu venha a falar dela
Não servirá como nenhum comparativo
Desde uma simples mulher a uma rica donzela

Meu coração por ela vive
Meu pensamento a ela é direcionado
Me sinto leve, feliz, livre
Agora vejo que estou apaixonado

Não há no Sol, na Terra ou Lua
E nem neste vasto Universo
Comecei buscando em minha rua
Hoje já estou muito longe do regresso

Desde então não vi igual mulher
No sentido pleno da palavra
Com isso renovei a minha fé
Sabendo que era isso o que me faltava


O samba do poeta

É como matar a sede
Água pura cristalina da fonte
Ela não é a "lady"
E sim a lua-cheia despontando no horizonte

É aquela que me ilumina
Mesmo nas noites escuras
O sorriso que fascina
Dotada de beleza e ternura

Linda fica quando curiosa
Mesmo quando está brava
Sua voz em meus ouvidos é maravilhosa
A Dona dos rios, das doces águas

Tenra, de fácil riso
É para mim uma guerreira
Teus passos são precisos
Inabalável com a uma figueira

Na passarela ela é rainha
Do início ao fim distribuindo emoção
A sua Escola um samba por ti faria
Exaltando-a mais até que o próprio pavilhão

É a mais linda da terra da garoa
Do Rio, do Brasil, do Universo
Não caberia poemas de Fernando Pessoa
Nem qualquer escritor com seus versos

A mais doce criação
Deus a tratou com muito carinho
Pôs-na diretamente eu meu coração
Esse pobre rapaz desalinho

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Quem é você? Já parou para pensar?

Anos se passaram e eu não sei quem sou.
Pois quando me encontro, já mudei de novo.
Nessa busca constante a paz uma vez reinou, 
E os tiranos uma vez temeram o povo.

Sinceramente... Ô mundo chato!
Tudo o que realmente queremos nos fere.
O desejo proibido não é sensato.
Caímos em tentação, logo sentimos na pele.

Mil EU se revezam bem ligeiro.
Neste momento estou sendo o EU 999.
Pobre EU! Sabe que há anseio outra vez pelo primeiro.
Este alegremente desejando que tudo se renove.

Deixo as pessoas confusas, coitadas.
Mas é tudo bem normal e justo.
É que eu vivo o agora e também vidas passadas.
E quando se dão conta, levam um susto.

Nessa briga de ingênua dualidade,
Nem tudo de mim sai perdendo, ou ganhando.
Nem a infame mentira, ou a pura verdade.
Será que perco com a sinceridade e ganho enganando?

Não devo me assustar com isso.
Preciso respeitar, saber de fato.
A ruindade jogar no lixo,
A bondade emoldurá-la num quadro.

A dualidade se torna uma coisa só:
É como um resultado de uma soma.
Pode ser também dois cadarços num nó.
Ou uma pobre alma num corpo em coma.

Ao pó posso dividir minha vida, minha matéria.
Mas ainda assim meu espírito é só um.
Não sou dois, nem três ou qualquer quimera.
Sou um ser pensante, livre e comum.

Será que me reencontrei?
Consegui me identificar? Feliz assim viverei? Ou terei mais uma vez de mudar?

Apolítica

Um ato de violência política não revela apenas um crime de uma ação isolada. Ele expõe a fragilidade de nossas crenças políticas. Depois dos...