Psiu! Silêncio! E não se mexa.
... ... Você consegue? Claro! É fácil! É só a boca fechar Mas não é só isso Difícil é a mente “calar” Agora… Quieto! Imóvel! … ... ... Conseguiu tal proeza? Fácil parece também Controlar-se é um bem Problema é quando não conseguimos. Da inércia, fugimos À mente, mentimos Ao espírito, enganamos O ficar, fugir O fugir, voltar Nunca estaremos parados E assim se mantém nossa mente de galho em galho sempre Já dizia Heráclito ou Hermes? Ou Frida? “Tudo se move” Também Galileo, arriscando sua vida: “Eppur si muove” De lá pra cá, aqui ou lá Perceba quanta coisa se mexeu Alguém morreu, outro nasceu Quanta coisa mudou Ontem uma criança, hoje avô O tempo não pára O atleta, uma flecha O monge, uma rocha Ambos envelhecem Os olhos se abrem, o mundo à frente Pássaros voaram, o Sol despontou Lábios se tocam, algo se sente Um belo beijo, à paixão despertou? No mar, ondas se chocam No ar, a brisa leva embora Gritos que ecoam sons que vêm de outrora Tudo