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Mostrando postagens de abril, 2017

Psiu! Silêncio! E não se mexa.

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... ... Você consegue? Claro! É fácil! É só a boca fechar Mas não é só isso Difícil é a mente “calar” Agora… Quieto! Imóvel! … ... ... Conseguiu tal proeza? Fácil parece também Controlar-se é um bem Problema é quando não conseguimos. Da inércia, fugimos À mente, mentimos Ao espírito, enganamos O ficar, fugir O fugir, voltar Nunca estaremos parados E assim se mantém nossa mente de galho em galho sempre Já dizia Heráclito ou Hermes? Ou Frida? “Tudo se move” Também Galileo, arriscando sua vida: “Eppur si muove” De lá pra cá, aqui ou lá Perceba quanta coisa se mexeu Alguém morreu, outro nasceu Quanta coisa mudou Ontem uma criança, hoje avô O tempo não pára O atleta, uma flecha O monge, uma rocha Ambos envelhecem Os olhos se abrem, o mundo à frente Pássaros voaram, o Sol despontou Lábios se tocam, algo se sente Um belo beijo, à paixão despertou? No mar, ondas se chocam No ar, a brisa leva embora Gritos que ecoam sons que vêm de outrora Tudo

Rio de janeiro à dezembro

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A cidade do Rio de Janeiro Ah! Cidade… De anjos e demônios és o celeiro Como Paris, ora é tão romântica, apaixonante Ora é tão horrível quanto o inferno de Dante Contudo ainda é completamente bela A beleza de sua própria natureza A coragem e a humildade nas suas favelas Jaz aqui o sangue da nobreza Realmente uma cidade maravilhosa O pôr do sol, parecendo tocar o mar Se esconde rapidinho, deixando saudades fazendo estrelas brilhar É o céu mais encantado Vem o alvorecer e pinta o Rio de dourado suas avenidas, seus morros, cada lar O azul mais azul, no horizonte mescla-se com o verde mais verde que brota da sua mais viva fonte Da Ponte mais simpática ve-se o espelho que a tudo reflete Desde a mais pesada sujeira A um senhor de braços abertos, inerte Mas calma! Por nós ele olha sim Para o pobre, para o nobre Para quem usa seda, ou quem usa cetim Nós é que para Ele não olhamos muito Os esquecemos por completo Pois aqui não se pára

O violoncelo

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Era uma música Em tom menor, enormemente compassada  Rolava, em minha consciência, suavemente Ora doce, ora muito pesada Análogo a uma pessoa caminhando vagarosamente dando largos passos num caminho enevoado desviando aqui e ali de trevos e do chão empoçado Sua intensidade era agradável Os graves imponentes Os médios envolventes  e os agudos instigantes Era um instrumento só Algo, ou alguém fazendo uma apresentação Um anjo solista, ou o mal em auto compaixão? Seu timbre era capaz de elevar Tirar alguém do solo, literalmente Apesar dos imponentes graves, a melodia era leve Transformava tudo num cenário normal Apesar da paisagem cinza, inerte a natureza, o clima, tudo era frugal Um majestoso instrumento As cordas vibravam O arco por elas passava A cada movimento meu submetido pensamento  na neblina se mesclava Sua caixa acústica recitava notas solenes Meus olhos marejavam lágrimas perenes Um dia que nunca tive Uma caminho que nunca percorri Uma música qu