A insanidade acompanha a sociedade, Com tamanha intensidade, Que se tornou um habito ser louco. É tão comum que, pensando bem, Acho que o sou também. Ou não? Não sei... Seria eu, o diferente nesse mundo? Medo, tenho eu, de ser o único correto. Medo... Isso já me traduz a fundo: Vivendo o personagem de um agente secreto. Não, louco não! Todos os demais o são. Mas eu não! Agora vou ser franco e direto. Belos dias fico sem chão, sem teto. Ora timidamente discreto. Ora incansavelmente inquieto. Culpo a sociedade de loucura, Mas me excluo dessa ventura. Hoje vejo que não faço parte dessa cultura. Fazendo a mim mesmo essa covarde tortura. Sim, louco sim! Todos os demais não. Mas eu sim. Cada vez que penso ser são, louco, m ais me torno . Cada vez que me acho insano, Mais fico coberto de razão. Se existe cura para insanidade, Devemos reconhecê-la, torná-la viva. Não temer de com ela cingir uma amizade, E tr