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Rede da Vontade

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  A vontade move toda uma rede interconectada que também nos impulsiona. Cada nó representa uma singularidade ligada a outras através de conexões simbolizando interações e afetos mútuos. Essas conexões podem ser de dependência, competição, cooperação, entre outras. A Rede da Vontade está constantemente em fluxo, com os nós se movendo e se rearranjando à medida que os desejos e impulsos singulares são afetados. Os nós podem representar desejos específicos, como a fome, a sede, o desejo sexual, a busca por poder ou qualquer outra motivação que impulsiona os seres vivos. Ademais, a Rede de Vontade é caracterizada pela cegueira e irracionalidade. Os nós e as conexões não possuem uma compreensão consciente das implicações de suas ações. Eles simplesmente respondem aos impulsos e desejos que emergem, buscando atender às suas necessidades imediatas, sem racionalizar. Essa Rede faz emergir comportamentos tanto conflituosos como afetivos. Por um lado, os nós singulares competem por recursos, bu

Saudade

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A saudade é sofrimento, sentimento bem amargo, De um súbito afastamento, ou apenas um embargo. A saudade é um paradoxo, um misto de dor e alegria, nos faz lembrar do que foi vivido, e daquele que se foi um dia. É um sentimento complexo, que mexe com nossa emoção, às vezes traz alívio, outras, solidão. Embora haja sofrimento, há beleza na saudade, nos lembra do que é importante, e nos faz buscar a felicidade. Então, abrace a saudade, e deixe-a te guiar, pois ela é parte da vida, e pode nos ajudar a continuar.

Porre 2023: Escolas de Samba, meu Carnaval

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"Nos confins do submundo onde não existe inverno/ Bandoleiro sem estrada pediu abrigo eterno/ Atiçou o cão cá-trás, fez furdunço/ E Satanás expulsou ele do Inferno O jagunço implorou lugar no Céu/ Toda santaria se fez de bedel/ Cabra-macho excomungado de tocaia no balão/ Nem rogando a Padim Ciço ele teve salvação [...] Eis o destino do valente Lampião" Parabéns GRES Imperatriz Leopoldinense! 🇳🇬🏆🎉🎊 . Festa em Ramos, Olaria e adjacências. Depois do jejum de 22 anos a Imperatriz volta ao topo. Sempre luxuosa, exuberante, pompas dignas de uma imperatriz realmente. Que Samba, que Enredo! Que desfile! Fantasias e alegorias impecáveis! Comissão de frente uma das mais belas também (embora este ano veio nivelado por baixo heim. Quase nenhuma apresentou-se bem neste quesito - além de quase todos os outros - devido às muitas notas com perdas de 2 décimos em grande parte). O carnavalesco Leandro Vieira é outro gigante. Ganhando vários títulos com trabalhos riquíssimos e com uma assi

C A R N A V A L

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  Foto do desfile da GRES Beija-Flor de Nilópolis, 1989.   “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música” ~ Friedrich Nietzsche. Eu li e vi ontem no UOL uma matéria numa espécie de manual (ou sei lá o que posso dizer daquilo), ou algo policialesco mesmo, do que NÃO PODE e do que PODE usar no C A R N A V A L. "Carnaval" com letras em caixa alta e separadamente para reforçar-nos o significado disso. Por que, o que querem pessoas ou grupos com o Carnaval? Algo que é do povo, feito pela diversidade do povo, por todos e para todos? Qual o intuito pegar uma festa que é popular, múltipla, e querer tornar sui generis? Sei la, carnaval é o avesso, o profano, "o que não pode", a descarga mental e completa manifestação corporal (tanto é que a nudez, ou a quase nudez, é muito comum), as expressões musicais, a irreverência, o humor e tudo mais que nos faça desligar do cotidiano, da nossa vida desmascarada pelo resto dos 3

Desejo

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Imagem: Paul Husband O mundo não está "nem aí" para nós. Seres humanos, nós. Ele não está "nem aí" também para os demais animais. Sabe por quê? Porque Ele não existe. Portanto, não há conspiração. Não há sorte ou revés. Nem há corrupção ou qualquer viés. Não há guerra ou paz; fiel ou sagaz. Há Desejo… O que há somos nós. De várias gerações, adaptações. Singulares, representamos um mundo sob os nossos olhares. Desejo… Tudo o que há é edificação. Tudo o que é, é pura representação. O mundo externo é o eu interno e o eu interno é pulsão. Desejo… Porventura, chegamos e, da mesma forma, partimos. Antes, não existíamos; agora, de repente, sumimos. Ademais, outras coisas surgirão, mas nunca porque mereceram. Nada explica também por que pereceram.  Desejo… Diante disso tudo, o mundo não se importa. Por nós, Ele não rezará; nem flores nos dará; muito menos irá chorar. Contudo, vejam! Com a nossa partida, também o mundo. Sem nós, não há Ele. Sem Ele, não há nós; nem passado,

Porre N⁰ 2023

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Sei la... Eu estive conversando com uns amigos sobre a morte do Pelé e meio que desabafei - uma vez que temos muita intimidade para opinar alguns fatos e sobre coisas das nossas próprias vidas. Entretanto, nas redes sociais, vi que o tom das opiniões em geral vieram piorando, chegando a níveis acusatórios "disso", "daquilo outro" e para tentar resumir melhor os papos que tive, irei expor esta m3rda de conversa que tive com amigos aqui para o público.  Sobre mortes e piadas sobre estes mortos; sobre cancelamentos de falecidos (que é estranho) ou sobre cancelamento de quem chora os mortos... uma coisa que eu sempre digo: eu opino A ou B porque me convém.  Além do fato de eu ter coragem de assumir o que opino - ou até sobre piadas mesmo.  Por exemplo, morreu Ayrton Senna. Foi um baque do caraio. Na época, no dia seguinte, fizeram uma piada. Bem sacada por sinal. Nada debochada, nem ofensora: foi uma piada, simples. Porém, sobre sua morte fiquei triste pela forma como f

Música-silêncio

É madrugada. Você está no meio do nada, no alto da mais alta montanha. Estás em casa, deitado numa cadeira reclinada extremamente confortável na pequena varanda. Tua vista é espetacular. A visão alcança tudo o que é tipo de montanhas e vales sob um céu lindo estrelado, pós-chuva, onde a Lua faz iluminar a paisagem a frente parecendo haver espalhados pequenos diamantes por toda a extensão verde oliva. Assim tu pensas: vou ouvir as ultimas músicas e, depois disso, irei dormir.  Tu pões o modo aleatório e deixa… Caraio! É uma atrás da outra. "Só as que agrédi". Tu não consegues parar de ouvir. E vem outra, e outra… e tu pensas, "caraio, tem umas músicas medianas aqui na lista que eu conseguiria parar de ouvir agora para me deitar, facilmente". Mas não. O DJ virtual é venenoso. Solta só as violentas.  Depois de meia hora tu achas uma brecha e desliga o player e tira o fone. É aí que vem o "pior". O silêncio audível de forma bem pura, mas ainda não o silêncio a