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A paz que sucede a guerra

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“Não! Não era vermelha a sua vestimenta!”, “Não pode ser… Era sangue!”, “O príncipe, lutando?” - esses eram os burburinhos dos cidadãos local, que, em fuga, avistavam um alvoroço ao longe. Subindo um monte que cercava a cidade, os moradores se refugiavam para fora dos muros da cidade. O monte, rico em vegetação, também servia abrigo para estes casos. Era bastante provido de alimento. Abaixo deles, ao longe, ocorria uma batalha sangrenta. Tingido de vermelho, continuava o jovem guerreiro e, príncipe, a lutar em defesa de seu povo, de sua nação. Portava um escudo de madeira maciça; nas bordas havia um belo acabamento de prata bruta, muito bem polida, contornando o objeto de defesa na arte militar da época; no centro, inclusive, uma espécie de brasão brilhava feito a luz do Sol. Sua espada era simples, como o próprio portador, apesar de príncipe. Jovem, de alta estatura, tez negra, olhos serenos, porém carregados de fúria, ou seja, o sangue corria em seus olhos naquele momento, u

Vida de Plástico

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Tudo me é possível Basta eu querer para ter: Bens de consumo, materiais Bens não duradouros Coisas legais e ilegais Vindos dos Estados Unidos E de outros matadouros Tenho ideais Tenho amigos Todos parecem ser legais Mas não eu comigo Digo, pois: a razão morreu Assim como a fé Não há ninguém como eu Feito de barro no pé Que ignore o futuro Não lamente o passado Nem nunca diz: eu juro Mesmo quando pressionado Vida de plástico Inserida em um ideal Do grande mundo fantástico Pobre mundo real É como um grande elástico Só que firme ao peso de metal

Rá rá rá...

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Só eu quem acho graça? Da fome, miséria e desgraça. Da gasolina, do ônibus, do pão. E no fim, meu time levantando a taça. Sim, é engraçado sim: O pobre dentro do aeroporto; e daquele mar sem fim de desempregados como loucos. E o que dizer do favelado? Perambulando pelos corredores em busca da licenciatura ou bacharelado. Pasmem, coitados, tentando ser doutores. É para rir, não é? Daquele que nada tem. Seja um calçado no pé, seja a grana para o trem. Estou aqui rindo com o vizinho. Do alto da varanda Gourmet. Apreciando um bom vinho felizmente, rindo de você. Não se sintam ofendidos. Vós sois igualmente f odidos. Sentem cheiro de merda, mesmo com nariz entupido. Uns ganham mais, outros ganham menos. Porém ninguém é capaz, se matam com mesmo veneno.

Sem título

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Oh! Nobre senhor. Sempre bem trajado. Grande Rei Xangô, Seguro em seu machado! Não há justiça, nem igualdade. Apenas cobiça, E muita falsidade. Oh! Grande general. Forte, infalível. Guerreiro imortal, Ogum, invencível. Nunca houve paz. Guerra dos mundanos. Convivência mordaz, por milhares de anos. Oh! Grande mãe. Rainha do mar. Doce e gentil, Odoyá, Yemanjá! Todos se odiando: seja amigo ou irmão. Escravizando, matando: sem amor, sem paixão. Oh, que beleza rara! Meiga, delicada… Vem das águas claras, Oxum, a mãe dourada. O ódio vence a sutileza; o espinho à flor; as águas sem clareza, lamas e muita dor. Não lhes julgo. Não é isso… Nem os culpo, por causa disso. Nós quem falhamos, como humanos. Difícil assumir, que nós erramos. O que faremos para mudar? O que esperar do futuro? Rezar para tudo terminar? Recomeçar um novo mundo? Um mundo sem nós, claro! Não podemos estar presentes. Que nada venha do barro, ou da cos

Homem ou lobo?

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Jesus foi tido como a um faccioso. Condenado, açoitado, crucificado. Pela leis dos homens, criminoso. Já Barrabás, um salteador, liberado. Pilatos, às mãos lavou. Ao povo ainda questionou: MAS QUE MAL FEZ ELE? “Seja crucificado!” O povo mandou. Barrabás sorriu e andando saiu. Mas Jesus não. Diante do Estado, caiu. Sim, o povo o derrubou. Sacerdotes, comerciantes, Herodes, todo mundo ajudou. Até o romano governante. O povo enganado pela elite, submissos, sem autoridade, ultrapassaram todos os limites. Talvez por diversão, ou maldade. Como gado, repetem a tudo. Recitam falácias e ódio à toa. Pregam um inocente, contudo libertam uma má pessoa. E hoje, o que pensar disso tudo? Quando isso terá um fim? Decerto nunca neste mundo, pois, sempre agimos assim. Já dizia o dramaturgo Platus (Parece que foi ontem): “Homo homini lupus”, ou seja, o homem é o lobo do homem.

Então, dane-se!

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A vida. A morte. A partida. O norte. O leste. O oeste. Talvez o sul. Ou o nordeste. O que pode ser? E o que não pode? Apenas prazer. Algo que incomode. Não é frio. Nem quente. Não é trio, ou um somente. Muito menos dois, ou mais... Nem depois, Nem atrás. Não acende, nem apaga. Não se sopra, nem se traga. Não dói, nem corrói. Não é amor, e nem destrói. É falso, ou verdadeiro? É fausto, ou grosseiro? É escuro, ou claro? É futuro? Ou passado? O que pode ser? E o que não pode? Algo que não se vê Nada que se esconde. É o Sol, é a Lua. É o farol, é a grua. Ou o ar, e o pensamento. Ou o mar, e o sentimento. O Sim, e o não. Enfim... Em vão. É mortal, é vivaz. Não letal, mordaz. Não é de chumbo, Nem é leve. Não é profundo, nem se mede. O que seria, então? Ilusão, suposição? Pode ser tantas coisas... Sábias ou não. Não é vida. Não é morte. Nem M

O fascismo

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Muitos autores e estudiosos do assunto dizem ser complexo definir o fascismo em si. Contudo numa coisa todos concordaram e acabaram, vamos dizer assim, por mapearem alguns fundamentais "modus operandi" deste regime. O que nos dá certa previsão, como uma espécie de termômetro, ou um alarme, quando algo desse tipo está por vir (ou já se instalou e está camuflado aguardando o "dia D" para virar a chave de fato para o tão temível, por alguns e, querido por outros, regime fascista). O fascismo é um conjunto de modos, de propostas, de atitudes. Não basta somente se enquadrar em um caso, mas também não precisa ser todos os casos (e mais além destes). Não que eu esteja com propósito de taxar fascistas, de fato, pessoas ou líderes que hajam desta forma, mas que o modus operandi, ou seja, o modo, as ações, as replicações de gestos e atitudes são semelhantes. E o que deveria ser cauteloso, hoje, está abundantemente sendo praticado. Portanto citei aqui 10 itens para p