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Mostrando postagens de março, 2017

Sentir na carne

A sociedade está doente Desde a cabeça até os pés Há feridos, moribundos e carentes Tomam desde Rivotril até Dorflex A longo prazo quimioterapia se faz Consumindo remédios, fumaça e alimentos O podre e vil, no corpo jaz E mais incrível é o seu contentamento Ácido, monóxido, sódio e até papelão Morfina, cocaína, dopamina, glúten, zarcão A sociedade crê estar saudável pois é... Mas só que não Nao é só a carne, refrigerante ou cigarro Há um distúrbio em tudo, é claro Ovos, frutas, verduras e legumes também possuem veneno, agrotóxicos e até catarro Uma dupla domina as mentes: A mídia aliada à cultura industrial Estão nas sepulturas​ presentes dos que carne consome ou vegetal Consumir carnes, ovos, verduras ou legumes O fator sociocultural deve ser lembrado Pratos cheios​ ricos e pobres pratos sem volume Há quem diga, em Hollywood ou no “rato molhado" Até a água vem a ameaçar Bebe-se coliformes, “volume morto” O pior de tudo,

Terror

Viver longos dias na escuridão é extremamente horrível, para quem já não possui mais seu corpo físico e suas propriedades, que é meu caso. Agora imagine similar dado a um humano? Doloroso, nefasto, eu sei. Fiquei sem falar durante muito tempo, nem muito menos ouvir nada. Até meu próprio pensamento as vezes era como se apagasse, como se um vácuo surgisse de repente e apagasse tudo. Era assim... Eu, somente eu, no completo escuro, na completa solidão quando me dei conta dessa minha atual situação. Até hoje estou assim… Minha consciência se dividiu em partes que não consigo mais juntar.  Quando tento, não sei o que passou, se horas, um dia, ou meses. No começo eu chorava, me agonizava, sorria de loucura, fingia estar bem, amedrontava-me, enfim... que terror! O eterno terror. Hoje, dotado com um pouco mais de razão, sofro menos. O escuro é pesado. Ele não deixa você pensar, raciocinar, sorrir, nem chorar. A gente quer fugir, mas acaba ficando preso, porque aqui - e na verdade não sei

Eternamente...

Olha meu jovem, Um belo dia a idade “me pegou”. Havia chegado o tão esperado e pavoroso momento. Pavoroso, porque, ninguém trata esse assunto com esperança ou positividade. Já eu, não vejo-o desta forma. Então, eu estava bem, era um dia qualquer na terra onde pulsa os corações - e me levantei da cama. A alvorada estava despontando e me direcionei ao meu acalentador quintal, com meu pequeno e colorido jardim. Onde os pássaros voam baixo e onde minhas galinhas convivem conosco em seus espaços.  Vinha por aí, então, uma manhã tranquila e fresca. Começou a sair um belo Sol onde tudo brilhava ao ser tocado por ele. Já sentado na minha cadeirinha, no meu quintal dos fundos de casa, eu apreciava minha pequena horta, as aves e o amanhecer; minhas pequenas árvores, que eu e minha mulher plantamos; as galinhas já cochichando, o meu cãozinho estava quieto me olhando abanando o rabo querendo brincar; tudo estava tão quieto: pássaros já ensaiavam as primeiras notas de seus cantos… Pois bem,

A guerra eterna...

Eu estava dividido. De um lado meus aliados. Do outro os meus inimigos. Mas ora meus aliados poderiam me matar, caso eu me enfurnasse no abrigo. Eu estava na guerra mas não queria lutar. Não queria dar um tiro não queria morrer e nem matar. Só que, ou eu matava, ou eu morria.  Eu tinha que ir em frente. O inimigo matar. Ou seria morto pelos próprios colegas de farda. Caso eu quisesse da guerra voltar  (Essa é a lei dos cães de guerra: “atacar!!! se voltar, eu mesmo te mato”) Eu lutava por uma potência bélica Alemanha Nazista O exército mais temido da época Mas eu não queria estar ali, de verdade. Eu queria meu lar, o campo; Estar com minha família; Apreciar o Sol se pondo... Pois o que eu vi na guerra foi somente sangue. Não há nada de belo na guerra. Nem a sua conquista é bela; Pois quando se olha para trás, Se vê um rastro de sangue, Corpos, escombros e nada mais. Na guerra, o vermelho e o verde-oliva se combinam; as flores exal