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Voltavime

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Dos grandes montes esverdeados. Da brisa que carinhosamente toca o rosto. Do cheiro forte da terra úmida. As ervas de todos os gostos, A grama, o junco e o orvalho, Nos tornam vivos, serenos e sábios. O Sol chega em raios brancos e dourados. Algumas nuvens sorriem num tom azulado. Desenham um conto mágico no céu sem fim.   Sob ele, eu e você de mãos dadas, Tão firmes quanto as rochas espalhadas, Tão lindos quanto dois querubins. Toda a magia multicor da natureza. Todo o fascínio singular do Criador. Estão, como a exatidão matemática, Num suntuoso jardim, organizados com amor. Árvores majestosas acenam. Ciprestes, Salgueiros, Pinheiros e Figueiras, Desenham todo o vale com suas cores, Refletindo a luz de um majestoso Sol. Soltam folhas leves e brilhantes.   Esvoaçam pelo ar como purpurinas. Iluminam e alegram até o inferno de Dante. Um riacho corre tímido ao nosso lado, Borbulhando gotículas de prata e cristal, Banham toda a natureza ao

O anjo caído

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Hoje eu falhei. Sei que errei. Coisa que não se rouba, roubei. Nem isso faria um bandido, eu sei. Não foi dinheiro ou bens. Foi muito mais do que um nobre homem tem. Assim como a pesada chuva que cai, Meu duro coração se esvai. Em meio às ensurdecedoras trovoadas, Minha pobre consciência pesa toneladas. A vontade de agora sumir, Mescla-se com o tenro anseio de me punir. Tamanha vergonha me arrebata de frente, Quão a força de um violento raio estridente. Sumiço, ilusão, remorso, punição, Derramarei meu sangue em prol de minha evolução. Vou me arrastar ao infinito, Rumo ao meu perdão. Só voltarei quando erudito, Bem mais sereno. Um ancião. Remissão, virtude, Cura, salvação. Como a felicidade de um adolescente, Perante uma paixão.

Infinitamente purgatório

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A dor, se adentra em meu ser (É difícil de dizer) Profundamente, é capaz De à claridade, escurecer De à felicidade, perecer Do doce aroma, apodrecer De meu sorriso, o entristecer Da vida, morrer Não quero mais respirar a dor Não quero mais o sentir o amor Meu universo é pavor Tristeza solidão e dor Mergulhei no negro tempo infinito Até minha ilusão foi perdida Jogado no espaço estou Sem nenhuma esperança de vida

Falha na página

Estive excluindo alguns comentários da página, devido a um erro do blog que duplica e até triplica o envio. Parece estranha a exclusão, mas é um "bug" no site. Com isso não irei apagar mais os duplicados. 

Insanamente normal

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A insanidade acompanha a sociedade, Com tamanha intensidade, Que se tornou um habito ser louco. É tão comum que, pensando bem, Acho que o sou também. Ou não? Não sei... Seria eu, o diferente nesse mundo? Medo, tenho eu, de ser o único correto. Medo... Isso já me traduz a fundo: Vivendo o personagem de um agente secreto. Não, louco não! Todos os demais o são. Mas eu não! Agora vou ser franco e direto. Belos dias fico sem chão, sem teto. Ora timidamente discreto. Ora incansavelmente inquieto. Culpo a sociedade de loucura, Mas me excluo dessa ventura. Hoje vejo que não faço parte dessa cultura. Fazendo a mim mesmo essa covarde tortura. Sim, louco sim! Todos os demais não. Mas eu sim. Cada vez que penso ser são, louco, m ais me torno . Cada vez que me acho insano, Mais fico coberto de razão. Se existe cura para insanidade, Devemos reconhecê-la, torná-la viva. Não temer de com ela cingir uma amizade, E tr