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A dor da alma

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O grito da alma mais silenciosa, Externa-se da forma mais misteriosa. Vigorosa. Que nem mesmo a mãe, De todos os sons já produzidos, Suportaria tal efeito. Se fosse assim, jazeria no leito, Mesmo em seu estado mais perfeito. Tal sonoridade, de forma majestosa, Preencheria todos os espaços dessa esfera rochosa. A dor da solidão. É como a imensidão, sem dimensão, Do turbilhão de estrelas, de Luas e de Sóis. Desse céu infinito, que por acaso termina, Debaixo dos meus lençóis. Este que entende meus prantos  Que se ensurdece tanto, E até esquece o tema de minha dor. As vezes preciso acender um letreiro, Na fronha de meu travesseiro indicando: "Hoje não está dando, meu senhor!" A dor que me consome. Que se embebeda de minha acidez. Toda vez que eu, em plena lucidez, penso em vocês. As lagrimas dançam ao som da valsa sombria. Enquanto que, na luz do dia, meu olhos se fecham.

Sol, céu, nuvem cor de mel.

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Da minha janela aprecio o céu. Não é o mesmo que costumo ver. Um azul raro com nuvens em tons de mel, Mesclam-se e trazem-me a paz que eu queria ter. Ao fundo vejo uma verde e imponente montanha. Desejo profundamente estar em seu topo. Apreciar toda maravilhosa paisagem. E tocar o céu como num sonho louco. A cigarra canta. Seu longo timbre me encanta. Me faz lembrar que um dia já fui criança. Quando eu desenhava no chão um Sol sorridente. Para afastar a chuva e os trovões. Que me faziam trincar os dentes. A noite cai. O dia sai de cena. Lentamente se esvai. Deixando minha mente mais serena. O silencio brota. Tudo muito tranquilo. Como num suntuoso cemitério. Onde alguns param para descansar. Ouço um ordenado ruído. É de um grilo falante. Que comigo deseja se comunicar. E eu não o ignoro. A ele desabafo, choro. Sem medo, nem pesar. Lamentos e tristezas, Que todo se humano tem para contar. No céu agora há e

À espera do nunca

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Foi nefasto o que aconteceu. Já senti muitas dores na vida. Mas a que mais doeu, Foi a dor da tua partida. Tudo desabou. No abismo, à beira fiquei. A última pedra que rolou. Levou o amor que conquistei. Não tenho mais nada. Sentimento, sorriso ou alegria. Pular não me custa nada. Falta de mim ninguém daria. Só tu podes me resgatar. Onde estás agora? Distante do sistema solar? Ou no resplandecer da nova aurora?

Oxaguiã, o guerreiro das vestes brancas

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Ele é o silêncio que precede o caos. É sinônimo de vitória e plena harmonia. O guerreiro puro, luta contra o mal, Desconhece a derrota, lúcido ou na rebeldia. De branco, és lindo! Jovem viril, se alimenta de inhame. O brilho das estrelas, carrega sua nobre espada. Seu pesado escudo lhe protege dos infames. É vitorioso àquele que se junta à sua caminhada. Muitos reinos conquistou, é a luz da manhã. Perante sua imponente presença, tudo progride. Oh, enérgico Ajugunan! Felizes são aqueles sob sua égide. Anda Ogum, em sua companhia; Irmãos de campanha, conquista. Sua cabeça por ele foi moldada um dia, E ao general, tornou-o mais idealista. À sua inteligência, tudo prospera. Luta com fervor em nome da paz. É a energia que renova as eras, Com sua mente brilhante e tenaz. Das vestes brancas, jovem Oxalá; Sexta-Feira, à nós vem iluminar; Deixe-nos sob tua paz, h armoniosos,  Para que o melhor caminho possamos trilhar. Feliz eu sou, desde ab