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Os sonhos cantados

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Era uma bela e ensolarada manhã. O Sol estava presente, mas não fazia muito calor e era uma manhã de primavera. Então, nesse belo cenário, duas aves já anunciavam o início de um longo dia. Eram dois belos pássaros e eles estavam no topo de uma frondosa amendoeira. Então, um pardal e um bem-te-vi conversavam: Que belo Sol, que céu azul - comentou o pardal. Sim, pretendo ainda hoje chegar lá naquela montanha - completou o bem-te-vi, olhando ao longe. É um pouco distante, mas voando com calma dá para chegar lá antes do Sol se pôr. Com certeza. Logo estarei batendo minhas asas... Para ti é mais fácil, uma vez que não possuis filhotes e nem uma companheira. E por falar nisso, como vão seus filhos? - perguntou o bem-te-vi. Estão lindos. Já estão voando alto, já são independentes e eu já sou vovô. Parabéns! E você tem mais planos? Muito além de planos, eu tenho sonhos. E você meu caro bem-te-vi, quais teus sonhos? Olha... Não sei. Mas como assim? - quest

O eterno novo

Hoje eu morri Eu estava tão bem morto e… Nasci de novo Estava tão bem vivo e… Morri. Mas agora mais novo A eterna rotina se repete Ora velho, ora mais jovem Mas a morte e a vida não me esquecem Mal dá tempo de sorrir Basta me deitar e dizer: morri E o peso de toda uma vida, horas depois, ao se levantar? É de chorar! Encarar todo um dia exigente Para mais tarde morrer novamente Nascer, morrer… Essa brincadeira com meu ser num “eterno idêntico” Porém novo a cada dia, numa expressa temporalidade A eternidade é marcada por eras, acontecimentos, prazeres ou lamentos, também  vazios, ou “nadas”; já a vida é separada por uma noite bem dormida ou uma manhã mal acordada. A gente morre ou dorme? Acorda ou ressuscita? O que é na verdade a vida nesse ‘eterno novo’ e o nosso despertar na eterna rotina?

Que raios é Marxismo? Por M. Flaquer

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Afinal o que é o Marxismo? Para compreender o que é o marxismo, é primeiro preciso compreender o que é a dialética e o que é o materialismo. Dialética é, filosoficamente falando, o movimento. O movimento da matéria (por exemplo o movimento do mundo, do universo, dos átomos), enfim, algo, qualquer coisa, só existe por conta do movimento.  O que é então essa dialética? É a dúbia forma, de essência contraditória, com as quais as coisas se apresentam. Ou seja, significa que tudo o que existe possuí uma forma difusa, dupla, contraditória e uma essência que pode vir a ser igualmente dúbia/difusa ou contraditória. Como, por exemplo, a luz. A luz é dúbia em forma, ela se apresenta como onda e como particula, ao mesmo tempo. E, em sua essência, podemos dizer que ela é o contrário da escuridão. Darwin, considera os peixes de acordo com a dialética: alguns dos animais que viviam na água não eram peixes e alguns dos peixes tinham pernas, mas, na verdade, isso era somente a gênese de to

É o que convém

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1 Um carro, com maior equipamento sonoro, passa tocando música, no último volume; 2 Essa música é de um gênero muito popular; 3 Eu só aprecio música erudita, ou sacra. Julgo poluição sonora, o episódeo com o automóvel. --- 4 Os vizinhos gritam e xingam, quando o seu time ganha; 5 Esse time é muito popular no país; 6 Eu mal acompanho futebol. Simpatizo por um time interior, mal tem torcida. Julgo inconvenientes/ estúpidos, os meus vizinhos, no que diz respeito ao futebol. --- 7 Oração da família, antes de fazer a refeição e/ou antes de ir dormir; 8 Essa religião é a maior do ocidente; 9 Eu sou pagão. Julgo antiéticos, os familiares. F altam com respeito ao próximo. --- 10 Um grupo agride, vocifera, condena, violenta, quando lê/ assiste a algum comentário político-filosófico que não segue sua ideologia; 11 A oposição a esse grupo é muito expressiva, muito antiga e está espalhada mundo afora; 12 Eu odeio política, acho que o mundo seria liberto de grand

Vamos, vamos, corre!!!!

O expresso, rápido, a jato, instantâneo, agora, na hora, já... São palavras que soam tão bem, não é? Esperar, aguardar, devagar, lento (pejorativamente chamado de lerdo) e calma, já soam incômodo. Não se tem tempo para cozinhar uma boa comida na panela (já se faz comida em 3 minutos), imagine ESPERAR um grande amor? (pior que há app’s para ACELERAR esse processo rs); o que ESPERAR do próximo, se HOJE, tudo é EXPRESSO, é FUGAZ? PONTUALIDADE faz bem, é prazeroso. Mas... Para que RELÓGIO, se a pessoa for livre? Um encontro, ATRASO? Compromisso? Cada MINUTO vale ouro, não é? É mais uma questão de respeito ao próximo, para que este não fique ESPERANDO a sua chegada. Mas ao ESPERAR, a pessoa pode fazer, pensar, outras coisas… Por que não? Estamos inseridos numa sociedade, numa cultura, em que tudo é resolvido pelo dinheiro (isso é mais do que óbvio, sempre foi assim). Realmente, TEMPO é dinheiro. Mas pense naquele que é desprovido dessa gana, que está longe desse grande mal que é o me

Vamos perguntar à arte?

Uma das coisas que li recentemente e que, mudou minha vida, foi uma coisa muito simples e de poucas palavras: “Só o ser humano produz cultura”. Resumindo ai, bem superficialmente, assim que li a palavra “cultura”, esta, de pronto, me remeteu à arte. Sempre tive em mente, que arte e cultura eram a mesma coisa. Mas há uma diferença grande entre a arte e a cultura . Uma está inserida em outra, de fato. Mas eu gostaria de me limitar, bem mesmo, somente à arte. O meu primeiro questionamento, ou uma forma filosófica de se pensar arte, foi esta: A arte tem o poder de: Um: À vida, imprimir a morte; Dois: Dar à morte, vida. O quadro de Monalisa . Um quadro de Cézanne. 1. Alguém pode me dizer se a Monalisa (“Mona Lisa del Giocondo”, obra de Leonardo da Vinci, 1503) está viva naquele quadro? Se sim (quem iria pensar nisso? Mas tudo bem...), ela pensa, ela fala, respira, cria alguma coisa? 2. E as frutas, de Cézanne, na pintura “ Still life, Jug and Fruits ”, 1893-1894, elas

O poder que eu quero

Eu queria poder; eu queria ao menos querer; Quando não posso, eu quero, quando quero, não posso. O poder, só a um é dado. E o querer, é inexplicavelmente caro. Este é o poder/ querer físico, material... Um ser espiritualizado, nega a isso facilmente. Poder, querer… Pensar, fazer… A tudo, posso. A tudo, quero. Finalizar a obra antes do esboço. Contar todas as estrelas sem sair do zero. O poder do pensamento. O querer imediato. O pensar que sucede um sentimento. A práxis que transcende o abstrato. Quero andar para trás, olhando para frente; dormir em pé, acordar deitado; tomar banho de Sol e me secar na chuva. Não só existe o querer, mas também, o poder. Eu quero tudo, eu posso tudo: Fazer das flores, minhas palavras, espantar todos os males do mundo.