Imóvel Escuridão

Não consigo mais sorrir,
E também, chorar.
A vida se foi em vão,
Sem tempo para amar.

O que eu posso fazer?
Me acovardar e me esconder?
Seguir em frente, e simplesmente,
Olhar pra frente e deixar tudo pra lá.

Hoje eu machuquei, magoei, feri.
Amanhã vou chorar, lamentar, me redimir.
Sofrerei justamente aquilo que causei.
Mas será que com os erros aprenderei?

Eis a analogia do bumerangue:
Da mesma forma e intensidade...
Lentamente, ele vai, e volta. 
Quando atinge, tira sangue.
Causa a vítima uma terrível revolta.

O tempo não passa.
Minha cabeça, presa está.
Sou um pássaro numa pequena gaiola,
Sem poder bater asas e nem cantar. 

Olho para o céu e nada vejo.
A escuridão me domina, apavora.
Minha vida anda como um caranguejo,
No vasto inferno que me domina agora.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Ou como se filosofa com uma agulha

Seja aqui e agora

Ontem e hoje